Migrar é o acto de passar de um país para outro ou de uma região para outra (falando-se, normalmente, de um povo ou de uma grande quantidade de pessoas). As migrações humanas têm lugar em qualquer altura e em diversas circunstâncias. As suas causas e resultados são fundamentais para o estudo da economia política.
A informação dos Censos de 2001 comparou o concelho de residência nesse ano com o ano de 1999. Nas cidades do litoral é importante referir que a população das grandes cidades (Lisboa, Porto e Coimbra) tem tendência para se movimentar em direcção aos concelhos contíguos (especialmente à volta de Lisboa e do Porto).
Os municípios de Lisboa e Porto são, então, os que têm o Saldo Migratório* mais baixo: -15 318 e -7 303 habitantes, respectivamente. Do mesmo modo, Amadora e Coimbra verificam, também, números baixos: -26 424 e -2 567 habitantes, respectivamente. Por outro lado, Sintra apresentou um saldo positivo de 4 080 habitantes, tendo sido o concelho que recebeu o maior número de pessoas entre todos os concelhos do país.
Em relação às cidades do interior, os dados tornam óbvia a deslocação da população do interior para o litoral. Os concelhos do Porto e de Lisboa foram os que registaram saldo migratório em permilagem da população residente mais negativo (-27,8‰ e -27,1‰, respectivamente), no entanto verificou-se, em municípios do interior do país, números muito baixos como em Almeida, -17,9‰, e Mesão Frio, -17,7‰.
Os concelhos com maior Taxa de Emigração** foram também Lisboa e Porto: 51,82‰ e 51,46‰. No que diz respeito à Taxa de Imigração***, os valores mais elevados foram de Sesimbra e Alcochete (21,75‰ e 24,6‰, respectivamente), demonstrando dinâmica de crescimento nos próprios concelhos.
Com a análise dos Censos de 2001 do INE, pode concluir-se que o movimento migratório em Portugal se faz dos concelhos do interior para os do litoral do país. Isto deve-se ao facto de ser nas grandes cidades do litoral que se encontram melhores propostas de emprego com maior diversidade e em maior número. Por outro lado, estas podem tornar-se demasiado agitadas e, por isso mesmo, as pessoas preferem viver nos municípios próximos onde podem viver em ambientes mais calmos mas que não são tão distantes de grandes espaços de lazer. Os indivíduos tentam, então, deslocar-se para o Porto ou Lisboa em busca de melhores oportunidades de carreira profissional mas também de melhor qualidade de vida.
Maria Raquel Costa
* Diferença entre a população vinda de outro concelho (imigrantes) e a população que vai para outro concelho (emigrantes).
** Número de indivíduos que deixam um determinado local.
*** Número de indivíduos que chegam a um determinado local.
A informação dos Censos de 2001 comparou o concelho de residência nesse ano com o ano de 1999. Nas cidades do litoral é importante referir que a população das grandes cidades (Lisboa, Porto e Coimbra) tem tendência para se movimentar em direcção aos concelhos contíguos (especialmente à volta de Lisboa e do Porto).
Os municípios de Lisboa e Porto são, então, os que têm o Saldo Migratório* mais baixo: -15 318 e -7 303 habitantes, respectivamente. Do mesmo modo, Amadora e Coimbra verificam, também, números baixos: -26 424 e -2 567 habitantes, respectivamente. Por outro lado, Sintra apresentou um saldo positivo de 4 080 habitantes, tendo sido o concelho que recebeu o maior número de pessoas entre todos os concelhos do país.
Em relação às cidades do interior, os dados tornam óbvia a deslocação da população do interior para o litoral. Os concelhos do Porto e de Lisboa foram os que registaram saldo migratório em permilagem da população residente mais negativo (-27,8‰ e -27,1‰, respectivamente), no entanto verificou-se, em municípios do interior do país, números muito baixos como em Almeida, -17,9‰, e Mesão Frio, -17,7‰.
Os concelhos com maior Taxa de Emigração** foram também Lisboa e Porto: 51,82‰ e 51,46‰. No que diz respeito à Taxa de Imigração***, os valores mais elevados foram de Sesimbra e Alcochete (21,75‰ e 24,6‰, respectivamente), demonstrando dinâmica de crescimento nos próprios concelhos.
Com a análise dos Censos de 2001 do INE, pode concluir-se que o movimento migratório em Portugal se faz dos concelhos do interior para os do litoral do país. Isto deve-se ao facto de ser nas grandes cidades do litoral que se encontram melhores propostas de emprego com maior diversidade e em maior número. Por outro lado, estas podem tornar-se demasiado agitadas e, por isso mesmo, as pessoas preferem viver nos municípios próximos onde podem viver em ambientes mais calmos mas que não são tão distantes de grandes espaços de lazer. Os indivíduos tentam, então, deslocar-se para o Porto ou Lisboa em busca de melhores oportunidades de carreira profissional mas também de melhor qualidade de vida.
Maria Raquel Costa
* Diferença entre a população vinda de outro concelho (imigrantes) e a população que vai para outro concelho (emigrantes).
** Número de indivíduos que deixam um determinado local.
*** Número de indivíduos que chegam a um determinado local.
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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