A desertificação é um fenómeno que se tem vindo a verificar cada vez mais, que consiste em transformar uma área territorial num deserto, ou seja, transformar uma área sem população e sem actividade económica, abandonada. A falta de actividade económica e actividade humana pode provocar uma perda da capacidade produtiva dos ecossistemas. O solo de determinadas regiões começa a se tornar cada vez mais estéril, a terra perde os nutrientes e a capacidade de fazer qualquer tipo de vegetação. Por conseguinte, a inexistência de vegetação, as chuvas vão rareando, o solo vai ficando árido e sem vida, tornando a sobrevivência cada vez mais difícil. Perante esta dificuldade, os poucos moradores existentes na região acabam, geralmente, por abandonar essas terras, procurando uma região que ofereça melhor qualidade de vida.
Portugal é um dos países Europeus com maior risco de desertificação. Estima-se que, nos próximos 20 anos, mais de metade do território do País corra o risco de ficar deserto e seco. Cerca de um terço do território já se encontra afectado pela desertificação, alerta a Liga para a Protecção da Natureza. Este risco está mais evidente nas regiões abaixo do rio Tejo, não só a nível dos solos como também a nível de população, devido à falta de pluviosidade, à excessiva prática agrícola e a existência de demasiadas infra-estruturas turísticas. Um exemplo do combate à pluviosidade da zona Alentejana, foi a construção da barragem Alqueva, de modo a criar um lago artificial. Este lago permitiu a irrigação dos campos agrícolas envolventes, sem necessidade de utilizar fontes de águas primitivas, esperando-se assim reduzir a susceptibilidade dos solos nessa região. A utilização da água, tanto na região do Alentejo e Algarve, foi mesmo restringida pelo governo Português. A desertificação a nível populacional está mais evidente na zona Interior do País, devido aos defeituosos acessos que se fazem sentir, devido à inacessibilidade directa a serviços e aos custos de transporte resultantes do acesso longínquo a serviços, tornando assim o custo de qualidade vida mais elevado do que nas regiões centro do país.
Para combater a desertificação é feito apelo a medidas de desenvolvimento regional, rural e local, com um factor determinante da fixação das populações nas regiões mais susceptíveis de desertificação, e da diminuição das pressões humanas sobre as zonas mais densamente povoadas. A melhoria e dignificação das condições de exercício das actividades agrícolas compatíveis com as características do suporte natural em que são desenvolvidas, de modo a prevenir a sustentabilidade dos solos. A recuperação das áreas afectadas é também essencial, sendo fundamental a criação de dinâmicas de desenvolvimento económico e social que permitam a fixação da população e promoção de uma utilização sustentada dos recursos.
Filipa Oliveira
Portugal é um dos países Europeus com maior risco de desertificação. Estima-se que, nos próximos 20 anos, mais de metade do território do País corra o risco de ficar deserto e seco. Cerca de um terço do território já se encontra afectado pela desertificação, alerta a Liga para a Protecção da Natureza. Este risco está mais evidente nas regiões abaixo do rio Tejo, não só a nível dos solos como também a nível de população, devido à falta de pluviosidade, à excessiva prática agrícola e a existência de demasiadas infra-estruturas turísticas. Um exemplo do combate à pluviosidade da zona Alentejana, foi a construção da barragem Alqueva, de modo a criar um lago artificial. Este lago permitiu a irrigação dos campos agrícolas envolventes, sem necessidade de utilizar fontes de águas primitivas, esperando-se assim reduzir a susceptibilidade dos solos nessa região. A utilização da água, tanto na região do Alentejo e Algarve, foi mesmo restringida pelo governo Português. A desertificação a nível populacional está mais evidente na zona Interior do País, devido aos defeituosos acessos que se fazem sentir, devido à inacessibilidade directa a serviços e aos custos de transporte resultantes do acesso longínquo a serviços, tornando assim o custo de qualidade vida mais elevado do que nas regiões centro do país.
Para combater a desertificação é feito apelo a medidas de desenvolvimento regional, rural e local, com um factor determinante da fixação das populações nas regiões mais susceptíveis de desertificação, e da diminuição das pressões humanas sobre as zonas mais densamente povoadas. A melhoria e dignificação das condições de exercício das actividades agrícolas compatíveis com as características do suporte natural em que são desenvolvidas, de modo a prevenir a sustentabilidade dos solos. A recuperação das áreas afectadas é também essencial, sendo fundamental a criação de dinâmicas de desenvolvimento económico e social que permitam a fixação da população e promoção de uma utilização sustentada dos recursos.
Filipa Oliveira
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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