Segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT - 2001), nos últimos 50 anos, o turismo internacional despontou um crescimento sustentável a uma taxa média anual de 6,8 %, passando de 25 milhões de chegadas, em 1950, para 697,8 milhões em 2000, resistindo a condições políticas e econômicas adversas, e se tornando uma das maiores indústrias do mundo, com um faturamento de U$477,9 bilhões.
Para que uma pessoa viaje a turismo ela necessariamente deverá poupar, isto é, há uma oferta de recursos, derivados desta poupança, que serão potencialmente utilizados para consumos face ao turismo. Além do mais, estes recursos são divisas que o país destino recebe.
Para compreender o efeito multiplicador basta recorrer a uma situação, que empiricamente se comprova. Por exemplo, um turista ao pagar a sua estada em um hotel deixa lá um dinheiro que irá passar por diversos setores da economia, afinal, este dinheiro irá ser utilizado para pagamentos de fornecedores que foram necessários para que o serviço de hotelaria fosse prestado. Contudo tais fornecedores irão utilizar esta remuneração recebida (oriunda de fonte turística) para saldar também seus respectivos fornecedores, todavia não mais ligadas ao turismo. Em outra ocasião pode ainda haver a poupança de tais recursos e que, futuramente, poderá se transformar em investimentos no próprio turismo ou não, mas iniciando um novo ciclo.
Nota-se, portanto que a riqueza gerada pelo turismo não apenas se limita a própria atividade de turismo, mas como a maioria dos setores econômicos em três formas de projeção: via produção, via renda e via investimento.
A via de produção cobre as necessidades da demanda, as empresas fornecedores de turismo necessitam de bens e serviços que lhe serão prestadas por outras empresas, e assim continuamente, até extinguir-se este “dominó”.
Na via de renda, são as riquezas oriundas das rendas e capitais, estes dois últimos derivados da compra de bens e serviços de todos agentes econômicos envolvidos para satisfazer a demanda turística.
O aumento de investimento gera um acréscimo na renda nacional e este acréscimo na renda é maior que o próprio aumento no investimento.
Em virtude deste impacto econômico que o turismo gera houve vários modelos econômicos com o intuito de estudar o multiplicador de renda gerado nesta atividade. Para esta abordagem existem os modelos ad hoc, são modelos de base keynesiana, mas que surgiram para aprimorar o próprio modelo base, que na verdade era a abordagem muito genérica que o modelo keynesiano original apresentava.
A forma mais simples deste modelo ad hoc utiliza-se da álgebra matricial, sendo apresentada:
Para que uma pessoa viaje a turismo ela necessariamente deverá poupar, isto é, há uma oferta de recursos, derivados desta poupança, que serão potencialmente utilizados para consumos face ao turismo. Além do mais, estes recursos são divisas que o país destino recebe.
Para compreender o efeito multiplicador basta recorrer a uma situação, que empiricamente se comprova. Por exemplo, um turista ao pagar a sua estada em um hotel deixa lá um dinheiro que irá passar por diversos setores da economia, afinal, este dinheiro irá ser utilizado para pagamentos de fornecedores que foram necessários para que o serviço de hotelaria fosse prestado. Contudo tais fornecedores irão utilizar esta remuneração recebida (oriunda de fonte turística) para saldar também seus respectivos fornecedores, todavia não mais ligadas ao turismo. Em outra ocasião pode ainda haver a poupança de tais recursos e que, futuramente, poderá se transformar em investimentos no próprio turismo ou não, mas iniciando um novo ciclo.
Nota-se, portanto que a riqueza gerada pelo turismo não apenas se limita a própria atividade de turismo, mas como a maioria dos setores econômicos em três formas de projeção: via produção, via renda e via investimento.
A via de produção cobre as necessidades da demanda, as empresas fornecedores de turismo necessitam de bens e serviços que lhe serão prestadas por outras empresas, e assim continuamente, até extinguir-se este “dominó”.
Na via de renda, são as riquezas oriundas das rendas e capitais, estes dois últimos derivados da compra de bens e serviços de todos agentes econômicos envolvidos para satisfazer a demanda turística.
O aumento de investimento gera um acréscimo na renda nacional e este acréscimo na renda é maior que o próprio aumento no investimento.
Em virtude deste impacto econômico que o turismo gera houve vários modelos econômicos com o intuito de estudar o multiplicador de renda gerado nesta atividade. Para esta abordagem existem os modelos ad hoc, são modelos de base keynesiana, mas que surgiram para aprimorar o próprio modelo base, que na verdade era a abordagem muito genérica que o modelo keynesiano original apresentava.
A forma mais simples deste modelo ad hoc utiliza-se da álgebra matricial, sendo apresentada:
(1-L)= 1/(1-BC)
Onde: (1-L) corresponde a proporção de despesa turística adicional que permanece no país após a perda da primeira rodada; B corresponde à propensão dos residentes locais consumirem na economia local; C corresponde à proporção das despesas dos residentes locais que resultam em renda na economia local.
Atinge-se então que o turismo econômico pode ser um bom modelo para desenvolvimento econômico, em face da dinamização que esta atividade gera na economia local. Apesar de poder haver problemas sociais locais, isto é, uma cultura local não aberta ao turismo, barreiras linguísticas, entre outros fatores, já se pode esperar que uma política pública bem direcionada fosse capaz de resolver tais impasses. Assim como a infraestrutura, dependendo da proposta turística que o lugar quer vender, de fato se permite boas instalações com uma menor disposição de recursos. Isto se confirma, por exemplo, com o gritante turismo no sudoeste da Bolívia que é uma região atrativa por sua beleza natural e que apresenta pouquíssima infraestrutura.
Além do mais, existem localidades que não detém nenhum outro tipo de produção econômica a não ser o turismo.
Luís Felipe Guimarães Pelluzi
[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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