A distância aos produtos e mercados implicam tempo e custos. Tanto os produtores como os consumidores são avessos a estas distâncias. Para os produtores, o espaço a ser percorrido deve possuir uma densidade mínima de consumidores que admita viabilizar a sua escala de produção. Uma das problemáticas da Economia Regional é onde é que estes agentes se deverão localizar, de maneira que o esforço de percorrer estas distâncias pelo conjunto dos actores do sistema económico seja o mínimo possível, sem comprometer a rentabilidade dos empreendimentos.
A teoria da formação de sistemas urbanos considera um universo onde existem produtores que procuram maximizar o seu lucro e os consumidores que pretendem maximizar a sua utilidade. Mantendo tudo o resto constante, a valorização do espaço é feita pela importância que estes agentes conferem ao esforço dispendido para percorrerem distâncias em busca de produtos e do mercado, uma vez que implicam diversos custos e tempo.
Os produtores irão tentar concentrar os seus estabelecimentos com o objectivo de maximizar o aproveitamento de economias de escala e minimizar os custos de distância resultantes da distribuição dos produtos e serviços aos consumidores, assim como da necessidade de aquisição das matérias-primas e produtos e serviços intermediários. Por outro lado, os consumidores procurarão minimizar os custos de se deslocarem; para isso, alguns produtores localizam-se numa área central, fazendo com que os consumidores realizem as suas compras com apenas uma viagem. Entende-se, então, que os interesses destes dois agentes são contraditórios. Enquanto os produtores querem concentrar a sua localização para maximizar economias de escala e minimizar custos de deslocamento, os consumidores preferem que esses estabelecimentos estejam dispersos, de modo a poderem maximizar a sua acessibilidade, uma vez que eles estão, também, divididos pelo universo.
Contudo, os produtores e os consumidores tendem a organizar-se num sistema de lugares centrais que harmonizem as conveniências de cada um destes dois agentes económicos, estabelecendo as respectivas áreas de mercado, surgindo deste modo centros urbanos.
A qualificação de um centro urbano depende da sua dimensão: para que seja importante, um centro deve ser qualificado e para que seja qualificado deve ser grande. Caso contrário, não teria viabilidade económica e social.
As redes urbanas surgem, então, por quem é capaz de escolher parceiros qualificados para produzir produtos e serviços competitivos conjuntamente.
A formação de redes urbanas implica, assim, que as cidades se tornem em elementos dinâmicos de estruturação de espaços. As vantagens de escala e de aglomeração facilitam que se tornem em centros de inovação, transformando-se em pólos dinamizadores de crescimento e desenvolvimento. As características físicas, culturais, sociais e económicas do território são determinantes para uma maior centralização ou descentralização da forma de organização e estruturação destas redes urbanas. Nas sociedades com melhor capacidade de iniciativa e de inovação, tendem a ser mais descentralizadas, mais densas, mais qualificadas e mais próximas da população. Assim, a hierarquia tradicional dos centros urbanos tende a ser substituída por uma hierarquia de rede, representada pela capacidade de estabelecer relações e não pela dimensão ou funcionalidade.
A escala de produção de serviços deixou, também, de ser necessariamente contíguos. Enquanto antigamente estes tinham uma base local, hoje em dia, a produção de serviços realiza-se de forma descontígua, uma vez que há possibilidades de transmissão instantânea de informação, conhecimentos e serviços.
Mª Raquel Costa
A teoria da formação de sistemas urbanos considera um universo onde existem produtores que procuram maximizar o seu lucro e os consumidores que pretendem maximizar a sua utilidade. Mantendo tudo o resto constante, a valorização do espaço é feita pela importância que estes agentes conferem ao esforço dispendido para percorrerem distâncias em busca de produtos e do mercado, uma vez que implicam diversos custos e tempo.
Os produtores irão tentar concentrar os seus estabelecimentos com o objectivo de maximizar o aproveitamento de economias de escala e minimizar os custos de distância resultantes da distribuição dos produtos e serviços aos consumidores, assim como da necessidade de aquisição das matérias-primas e produtos e serviços intermediários. Por outro lado, os consumidores procurarão minimizar os custos de se deslocarem; para isso, alguns produtores localizam-se numa área central, fazendo com que os consumidores realizem as suas compras com apenas uma viagem. Entende-se, então, que os interesses destes dois agentes são contraditórios. Enquanto os produtores querem concentrar a sua localização para maximizar economias de escala e minimizar custos de deslocamento, os consumidores preferem que esses estabelecimentos estejam dispersos, de modo a poderem maximizar a sua acessibilidade, uma vez que eles estão, também, divididos pelo universo.
Contudo, os produtores e os consumidores tendem a organizar-se num sistema de lugares centrais que harmonizem as conveniências de cada um destes dois agentes económicos, estabelecendo as respectivas áreas de mercado, surgindo deste modo centros urbanos.
A qualificação de um centro urbano depende da sua dimensão: para que seja importante, um centro deve ser qualificado e para que seja qualificado deve ser grande. Caso contrário, não teria viabilidade económica e social.
As redes urbanas surgem, então, por quem é capaz de escolher parceiros qualificados para produzir produtos e serviços competitivos conjuntamente.
A formação de redes urbanas implica, assim, que as cidades se tornem em elementos dinâmicos de estruturação de espaços. As vantagens de escala e de aglomeração facilitam que se tornem em centros de inovação, transformando-se em pólos dinamizadores de crescimento e desenvolvimento. As características físicas, culturais, sociais e económicas do território são determinantes para uma maior centralização ou descentralização da forma de organização e estruturação destas redes urbanas. Nas sociedades com melhor capacidade de iniciativa e de inovação, tendem a ser mais descentralizadas, mais densas, mais qualificadas e mais próximas da população. Assim, a hierarquia tradicional dos centros urbanos tende a ser substituída por uma hierarquia de rede, representada pela capacidade de estabelecer relações e não pela dimensão ou funcionalidade.
A escala de produção de serviços deixou, também, de ser necessariamente contíguos. Enquanto antigamente estes tinham uma base local, hoje em dia, a produção de serviços realiza-se de forma descontígua, uma vez que há possibilidades de transmissão instantânea de informação, conhecimentos e serviços.
Mª Raquel Costa
[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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