quarta-feira, abril 18, 2018

O Impacto Económico do Turismo em Portugal

O turismo é uma das atividades económicas mais importantes em Portugal, onde, para além do seu impacto no Produto Interno Bruto (PIB) e do importante papel que tem na criação de emprego, investimento e rendimento, é também um “motor” de desenvolvimento de outras atividades económicas.
A sazonalidade é uma das principais caraterísticas do Turismo e Portugal não é exceção, pois, tal como já foi referido anteriormente, é procurado pelo seu bom clima e boas praias. É maioritariamente nos meses de julho a setembro que se confirmam maior número de registos em estabelecimentos hoteleiros. No entanto, tanto no setor público como no setor privado, têm-se feito esforços para que se consiga criar e implementar medidas e estratégias para atenuar a diferença, como por exemplo, políticas de preços e produtos e implementação de férias repartidas, para estimular a procura da época baixa.
Na minha opinião, o setor turístico em Portugal gera uma grande quantidade de empregos, sendo que através de uma análise foi possível confirmar que, em 2010, gerou mais de 300 mil empregos. Estes números incluem estabelecimentos hoteleiros, agentes de viagem, companhias aéreas e outros serviços de transporte de passageiros (excluindo serviços de transporte regional). As atividades de restauração e indústrias de lazer, suportadas diretamente pelos turistas, também estão aqui representadas (OMC, 2011).
De acordo com os dados da OMC, no ano de 2010 a empregabilidade gerada pelo turismo esteve perto de atingir 7% do total de empregos no país e, em 2011, o turismo em Portugal conseguiu efetivamente ultrapassar esses 7%, gerando aproximadamente 347 mil empregos. Já ao nível do investimento realizado no país, a OMC refere que Portugal aumentou o seu investimento de capital no turismo, sendo que a percentagem do investimento total do capital ronda os 4% em 2001 e, em 2010, atinge os 8%, num valor a rondar os 2,5 mil milhões de euros.
O desenvolvimento, através da qualificação e aumento de competitividade, bem como a oferta de novos produtos, permitiu que não fosse dada tanta importância à sazonalidade.

António Pedro Carvalho Moreira

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2017/2018)

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