segunda-feira, abril 13, 2020

COVID-19 - o impacte da pandemia no Turismo em Portugal


O mundo parou com o aparecimento da COVID-19, nome atribuído pela Organização Mundial da Saúde à doença provocada pelo novo coronavírus, SARS-COV-2. O impacte económico do novo coronavírus já se faz sentir em muitos países. As medidas de contenção da epidemia bem como da prevenção das zonas ainda não atingidas estão a reduzir fortemente a atividade económica, especialmente nos países infetados, mas em praticamente todo o mundo há consequências diretas e indiretas, nomeadamente no turismo.
Um dos grandes objetivos de 2020 para o Turismo a nível nacional era aumentar a capacidade de gestão das empresas participantes, promover a reorganização, a inovação e a mudança e promover a qualificação dos seus recursos humanos em domínios relevantes. Consequentemente, a aplicação deste objetivo levava ao aumento do número de turistas em Portugal, segundo revelou o Barómetro do Turismo, levado a cabo pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT).
Mas tendo em conta o aparecimento e crescimento do Coronavírus (Covid-19) a nível mundial, todo o panorama mudou repentinamente, sem que as empresas tivessem oportunidade para pensar atempada e estrategicamente em planos de contingência para as suas insígnias.
O surto do novo coronavírus (Covid-19) provocou uma quebra acentuada de turistas, que se começou a verificar no início de março e tem vindo a ganhar terreno de forma exponencial, até chegarmos ao momento mais dramático, a declaração do estado de emergência, decretado pelos três órgãos de soberania: Presidente da República, Governo e Assembleia da República. Com esta medida e tendo em conta a obrigatoriedade de isolamento social imposto pelas autoridades de saúde, os cidadãos têm obrigatoriamente de o cumprir, o que significa que neste momento o turismo será inexistente e, consequentemente, o comércio e as compras. Segundo o INE, "A pandemia da Covid-19 terá impactos significativos e transversais na economia portuguesa. O turismo que, de acordo com a conta satélite do turismo, corresponderá a 11,3% do PIB  em 2018, será um dos setores mais afetado pela atual crise, sendo expectável uma contração significativa da sua atividade. Tendo por base o modelo Input-Output, um dos instrumentos analíticos disponíveis para estimar esse impacto, foi simulado o efeito de uma redução anual da atividade turística em 25%". Tendo por base este cenário, a "redução de 25% na atividade turística, quer do turismo de visitantes não residentes quer do turismo interno, traduz-se numa redução de 2,9% do PIB anual em Portugal", aponta a agência de estatísticas. 
Posto tudo isto, é imperativo o governo tomar medidas fundamentais para ajudar o setor, medidas estas que têm de ser colocadas em prática da forma mais célere possível e salvaguardar a tesouraria das empresas. Para combater esta crise o Turismo de Portugal lançou um conjunto de medidas para minimizar o impacte da redução da procura na atividade turística devido à Covid-19, incluindo uma linha de apoio financeiro de 60 milhões de euros para microempresas.
Acreditando que esta crise será temporal, é importante ter uma postura de otimismo e tranquilidade, para juntos tentarmos continuar a operar, dentro das contingências atuais, de forma a superar este golpe na economia. Assim que a epidemia desaparecer, é importante voltar a persuadir os turistas, reposicionando Portugal como um destino turístico de preferência, lugar este que tem vindo a conquistar ao longo dos últimos anos.

Helena Isabel Azevedo Abreu

Referências:
https://covid19.min-saude.pt/

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2019/2020)

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