O
mundo parou com o aparecimento da COVID-19,
nome atribuído pela Organização Mundial da Saúde à doença provocada pelo novo
coronavírus, SARS-COV-2. O
impacte económico do novo coronavírus já se faz sentir em muitos países. As
medidas de contenção da epidemia bem como da prevenção das zonas ainda não
atingidas estão a reduzir fortemente a atividade económica, especialmente nos
países infetados, mas em praticamente todo o mundo há consequências diretas e
indiretas, nomeadamente no turismo.
Um dos grandes objetivos de 2020 para o Turismo
a nível nacional era aumentar a capacidade de gestão das
empresas participantes, promover a reorganização, a inovação e a mudança e promover
a qualificação dos seus recursos humanos em domínios relevantes.
Consequentemente, a aplicação deste objetivo levava ao aumento do número de
turistas em Portugal, segundo revelou o Barómetro do Turismo, levado a cabo
pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT).
Mas tendo em conta o aparecimento e crescimento
do Coronavírus (Covid-19) a nível mundial, todo o panorama
mudou repentinamente, sem que as empresas tivessem oportunidade para
pensar atempada e estrategicamente em planos de contingência para as suas
insígnias.
O surto do novo coronavírus (Covid-19) provocou
uma quebra acentuada de turistas, que se começou a verificar no início de março
e tem vindo a ganhar terreno de forma exponencial, até chegarmos ao momento
mais dramático, a declaração do estado de emergência, decretado pelos três
órgãos de soberania: Presidente da República, Governo e Assembleia da
República. Com esta medida e tendo em conta a obrigatoriedade de isolamento
social imposto pelas autoridades de saúde, os cidadãos têm obrigatoriamente de
o cumprir, o que significa que neste momento o turismo será inexistente e,
consequentemente, o comércio e as compras. Segundo o INE, "A pandemia da Covid-19
terá impactos significativos e transversais na economia portuguesa. O turismo
que, de acordo com a conta satélite do turismo, corresponderá a 11,3% do PIB em 2018, será um dos setores mais afetado pela atual crise, sendo expectável
uma contração significativa da sua atividade. Tendo por base o modelo Input-Output,
um dos instrumentos analíticos disponíveis para estimar esse impacto, foi simulado o efeito de
uma redução anual da atividade turística em 25%". Tendo por base este cenário, a "redução de 25% na atividade turística, quer do turismo de
visitantes não residentes quer do turismo interno, traduz-se numa redução
de 2,9% do PIB anual em
Portugal", aponta a
agência de estatísticas.
Posto tudo isto, é imperativo o governo tomar
medidas fundamentais para ajudar o setor, medidas estas que têm de ser colocadas
em prática da forma mais célere possível e salvaguardar a tesouraria das
empresas. Para combater esta crise o Turismo de
Portugal lançou um conjunto de medidas para minimizar o impacte da redução da
procura na atividade turística devido à Covid-19, incluindo uma linha de apoio
financeiro de 60 milhões de euros para microempresas.
Acreditando que esta crise será temporal, é
importante ter uma postura de otimismo e tranquilidade, para juntos tentarmos
continuar a operar, dentro das contingências atuais, de forma a superar este
golpe na economia. Assim que a epidemia desaparecer, é importante voltar a
persuadir os turistas, reposicionando Portugal como um destino turístico de
preferência, lugar este que tem vindo a conquistar ao longo dos últimos anos.
Helena Isabel Azevedo
Abreu
Referências:
https://covid19.min-saude.pt/
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2019/2020)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2019/2020)
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