A Base Aérea
das Lajes , oficialmente designada Base
Aérea Nº 4 (BA4), é uma infra-estrutura aeronáutica de grandes
dimensões, propriedade da Força
Aérea Portuguesa e dependente do Comando da Zona
Aérea dos Açores, que alberga, para além de militares e meios nacionais, um
importante contingente dos Estados Unidos da América. Está instalada na
freguesia das Lajes, na parte nordeste da ilha Terceira. É
constituída por cerca de 10 km², com pistas de aterragem e áreas de
estacionamento. Tem ainda em anexo parte do porto da Praia da Vitória (Porto
Militar), ao qual está ligada por uma estrada militar, assim como instalações
de telecomunicações e de armazenamento de combustíveis dispersas pela ilha. A
pista e as estruturas de controlo e de apoio da Base são partilhadas com o
aeroporto da ilha Terceira. É uma área restrita que só é aberta à população uma
vez por ano, podendo apenas ser frequentada por militares, trabalhadores e
familiares dos mesmos, acompanhados de uma autorização específica.
Criada em 1941, a par da Segunda
Guerra Mundial e da eventual ocupação dos Açores por forças aliadas ou alemãs,
a Base encontra-se numa posição geográfica única, vital para a defesa
norte-americana, imprescindível para as operações da NATO e para Portugal.
Utilizada conjuntamente pela Força Aérea Portuguesa e Norte-americana,
constitui um importante ponto de apoio às aeronaves que têm vindo a participar
ou a dar auxílio às operações na Europa e no Médio Oriente. Em conflitos
bélicos recentes, tais como a 2º Invasão do Iraque, a Base Aérea desempenhou um
papel importante, servindo principalmente como local de escala e abastecimento
para os aviões que se dirigiam para o médio oriente. No entanto, para além da
sua função militar, a Base é responsável pela salvaguarda das águas
territoriais dos Açores/ Portugal e constitui também um Centro
Coordenador de Busca e Salvamento ao
qual estão atribuídos os meios aéreos existentes.
O
acordo de cooperação e defesa estabelecido, prevê a troca de contrapartidas
entre Portugal e os Estados Unidos, apoio no seio da NATO e projectos comuns,
levando a que o Estado Português apreenda a presença norte-americana na ilha
Terceira.
Para
além de uma importante plataforma logística, a Base constitui um importante
foco de desenvolvimento da ilha, fornecendo emprego a uma parte significativa
da população e proporcionando o acesso a determinados produtos e serviços de
origem norte-americana. A Base das Lajes continua a ser o melhor empregador da Ilha
Terceira, não só pela quantidade de postos de trabalho que oferece mas
sobretudo pelas qualidades associadas aos mesmos, nomeadamente as elevadas
remunerações.
Xénia
Silva
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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