A Região do Alentejo é uma região portuguesa que
compreende integralmente os distritos de Portalegre, Évora e Beja, e a metade sul do distrito
de Setúbal, sendo assim a maior região
de Portugal. Limita a norte com a Região
da Beira
Interior a
noroeste com a Região da Estremadura e Ribatejo, a leste com a Espanha, a sul com a Região do Algarve e a oeste com a Região de Lisboa e Setúbal e também com o Oceano
Atlântico.
Tem uma área de 31 551,2 km² (33% do continente) e 758 739
habitantes (7,6% do Continente, 7,2% de Portugal). Esta região compreende 47
concelhos.
A ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional
do Alentejo, S.A. foi legalmente constituída a 18 de Junho de 1998, com
um capital social de 499.000 Euros. A missão da ADRAL é clara e consiste no
desenvolvimento económico e social da região Alentejo através da cooperação com
os demais agentes. Esta missão é espelhada no slogan da agência: “Alentejo:
O Desafio, A Mudança, um Novo Futuro!”
Uma das suas
características distintivas prende-se efectivamente com a articulação de
projectos e de entidades, razão pela qual tem vindo a apostar na constituição e
implementação de parcerias, público - público, privado - privado e público -
privado, destinadas a promover projectos comuns em prol do desenvolvimento
regional.
Esta
agência de desenvolvimento regional é constituída por um leque de 68
parceiros/accionistas que, desde o primeiro instante acreditaram na sua missão
e apoiaram o estabelecimento de uma entidade de âmbito regional. Estes
parceiros/accionistas representam de forma excepcional todos os sectores de
actividade económica e constituem-se como uma extensão sectorial e/ou
territorial das competências da ADRAL, no sentido em que suportam e apoiam, nas
suas diversificadas áreas de intervenção, uma intervenção cooperativa, em
parceria e com um fim comum: o de contribuir para criar as condições de
desenvolvimento que possam melhorar as condições de vida das populações.
A ADRAL tem como principal linha de orientação a prossecução dos seguintes
objectivos: reforçar o posicionamento internacional da região Alentejo;
contribuir para a valorização e o desenvolvimento da base produtiva regional;
promover a inovação e a qualificação; alcançar níveis elevados de coesão
social, promovendo e qualificando o emprego e criando perspectivas de futuro
para a juventude; estimular a iniciativa, no sentido da criação de formas
inovadoras de mobilização social e cooperação institucional para o
desenvolvimento.
No seu Plano de Actividades de 2009, foram apresentados objectivos gerais
para a região, nomeadamente, tornar o Alentejo um lugar mais atractivo para
investir e trabalhar; melhorar na sociedade o conhecimento e a inovação para o
crescimento; mais e melhores empregos; contributo das cidades para o
crescimento e emprego; apoiar a diversificação económica das áreas rurais;
reforçar a credibilidade da região como uma região de excelência.
A ADRAL na qualidade de
parceiro do projecto PETER – Parque Experimental de Energias Renováveis
realizou um estudo intitulado “Eficiência e Gestão Energética nas Empresas”. Este estudo visou testar o conhecimento
sobre energias renováveis no tecido empresarial da região Alentejo. A aquisição
de competências ao nível das energias deverá por seu turno induzir nas empresas
posturas mais activas, face ao mercado global pelo incremento da sua
competitividade com base no uso eficiente das energias e sustentada em factores
de inovação de produtos/serviços e processos de produção.
Pode concluir-se que o
conhecimento sobre energias renováveis é ainda muito baixo nas empresas do
Alentejo, uma vez que, a maioria dos empresários nunca fez qualquer diagnóstico
com vista à redução dos consumos de energia, nem promoveu a poupança, não
havendo na grande maioria das empresas qualquer plano que possibilite a redução
dos consumos. Aliado a estes factores vem a falta de interesse demonstrada e a
incoerência de algumas respostas. Face a inquéritos realizados no âmbito desta
temática verificou-se que muitos dos inquiridos responderam que o seu
conhecimento a este nível é médio, no entanto, quando confrontados com
questões, ainda que básicas, disseram que não sabiam responder ou que não
sabiam a diferença, como aconteceu, por exemplo, na questão em que foram
questionados se conheciam as diferenças entre solar térmica e fotovoltaica.
Em suma, considero que devemos aproveitar ao máximo
a potencialidade natural que o país nos dá, e que este deve apostar na inovação
e tecnologia associados à indústria de componentes e equipamentos da área das
energias renováveis, de forma a contribuir para uma melhoria das condições de
vida das populações, diminuição do desemprego e um concreto crescimento e
desenvolvimento económico.
Sílvia Manuela de Jesus Pinto
[artigo de opinião produzido no âmbito da
unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º
ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário