quarta-feira, janeiro 04, 2012

ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo: Projecto “PETER”

A Região do Alentejo é uma região portuguesa que compreende integralmente os distritos de Portalegre, Évora e Beja, e a metade sul do distrito de Setúbal, sendo assim a maior região de Portugal. Limita a norte com a Região da Beira Interior a noroeste com a Região da Estremadura e Ribatejo, a leste com a Espanha, a sul com a Região do Algarve e a oeste com a Região de Lisboa e Setúbal e também com o Oceano Atlântico. Tem uma área de 31 551,2 km² (33% do continente) e 758 739 habitantes (7,6% do Continente, 7,2% de Portugal). Esta região compreende 47 concelhos.
A ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A. foi legalmente constituída a 18 de Junho de 1998, com um capital social de 499.000 Euros. A missão da ADRAL é clara e consiste no desenvolvimento económico e social da região Alentejo através da cooperação com os demais agentes. Esta missão é espelhada no slogan da agência: “Alentejo: O Desafio, A Mudança, um Novo Futuro!”
            Uma das suas características distintivas prende-se efectivamente com a articulação de projectos e de entidades, razão pela qual tem vindo a apostar na constituição e implementação de parcerias, público - público, privado - privado e público - privado, destinadas a promover projectos comuns em prol do desenvolvimento regional.
Esta agência de desenvolvimento regional é constituída por um leque de 68 parceiros/accionistas que, desde o primeiro instante acreditaram na sua missão e apoiaram o estabelecimento de uma entidade de âmbito regional. Estes parceiros/accionistas representam de forma excepcional todos os sectores de actividade económica e constituem-se como uma extensão sectorial e/ou territorial das competências da ADRAL, no sentido em que suportam e apoiam, nas suas diversificadas áreas de intervenção, uma intervenção cooperativa, em parceria e com um fim comum: o de contribuir para criar as condições de desenvolvimento que possam melhorar as condições de vida das populações.  
A ADRAL tem como principal linha de orientação a prossecução dos seguintes objectivos: reforçar o posicionamento internacional da região Alentejo; contribuir para a valorização e o desenvolvimento da base produtiva regional; promover a inovação e a qualificação; alcançar níveis elevados de coesão social, promovendo e qualificando o emprego e criando perspectivas de futuro para a juventude; estimular a iniciativa, no sentido da criação de formas inovadoras de mobilização social e cooperação institucional para o desenvolvimento.
No seu Plano de Actividades de 2009, foram apresentados objectivos gerais para a região, nomeadamente, tornar o Alentejo um lugar mais atractivo para investir e trabalhar; melhorar na sociedade o conhecimento e a inovação para o crescimento; mais e melhores empregos; contributo das cidades para o crescimento e emprego; apoiar a diversificação económica das áreas rurais; reforçar a credibilidade da região como uma região de excelência.
A ADRAL na qualidade de parceiro do projecto PETER – Parque Experimental de Energias Renováveis realizou um estudo intitulado “Eficiência e Gestão Energética nas Empresas”. Este estudo visou testar o conhecimento sobre energias renováveis no tecido empresarial da região Alentejo. A aquisição de competências ao nível das energias deverá por seu turno induzir nas empresas posturas mais activas, face ao mercado global pelo incremento da sua competitividade com base no uso eficiente das energias e sustentada em factores de inovação de produtos/serviços e processos de produção.
Pode concluir-se que o conhecimento sobre energias renováveis é ainda muito baixo nas empresas do Alentejo, uma vez que, a maioria dos empresários nunca fez qualquer diagnóstico com vista à redução dos consumos de energia, nem promoveu a poupança, não havendo na grande maioria das empresas qualquer plano que possibilite a redução dos consumos. Aliado a estes factores vem a falta de interesse demonstrada e a incoerência de algumas respostas. Face a inquéritos realizados no âmbito desta temática verificou-se que muitos dos inquiridos responderam que o seu conhecimento a este nível é médio, no entanto, quando confrontados com questões, ainda que básicas, disseram que não sabiam responder ou que não sabiam a diferença, como aconteceu, por exemplo, na questão em que foram questionados se conheciam as diferenças entre solar térmica e fotovoltaica.
 Em suma, considero que devemos aproveitar ao máximo a potencialidade natural que o país nos dá, e que este deve apostar na inovação e tecnologia associados à indústria de componentes e equipamentos da área das energias renováveis, de forma a contribuir para uma melhoria das condições de vida das populações, diminuição do desemprego e um concreto crescimento e desenvolvimento económico.


Sílvia Manuela de Jesus Pinto

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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