domingo, março 15, 2020

VILA VERDE COMO DESTINO DE NATUREZA

O município de Vila Verde, localizado no Baixo Minho, tem cada vez mais conquistado quem por lá passa nos últimos anos devido aos esforços que a localidade tem feito para dinamizar o turismo de natureza por todo o concelho. As suas diversas potencialidades, existentes por todo o concelho, levaram a que esta área do turismo começasse a ser mais dinamizada e explorada por parte da Câmara Municipal de Vila Verde, de modo a dar resposta à procura que existe.
Vila Verde não só é conhecida pelas suas imagens de marca, como os Lenços dos Namorados, a rota do linho e a olaria local mas, também, passou a ser conhecida por quem procura explorar a natureza.



Passadiços do Vade

O investimento da autarquia de modo a viabilizar este tipo de turismo nos últimos anos passou por criar ecovias, como, por exemplo, de passadiços junto ao Rio Vade, no norte do município, tendo em conta requalificar as suas margens e permitir que as mesmas possam ser visitadas.
Também a ecovia do Vale do Homem, que anteriormente apenas ligava o rio a Santo António Mixões da Serra, em Valdreu, pretende sensibilizar não só os turistas mas também a comunidade para conservar e cuidar destes mesmos espaços naturais, no que diz respeito à fauna e flora e preservação dos ecossistemas presentes junto a estes rios.
Outro exemplo e numa escala que ganhou novas proporções, está a ser criada, juntamente com a Câmara de Esposende, uma ecovia que pretende ligar o Gerês a Esposende: a Ecovia do Cávado. A construção pretende assim conectar e fazer um percurso de grande escala que interligue diversos concelhos e consciencialize para a preservação do percurso ao longo do rio Cávado, ligando os seis municípios do Vale do Cávado (Terras do Bouro, Amares, Vila Verde, Braga, Barcelos e Esposende).
A aposta neste tipo de mobilidade pretende também reduzir as emissões de CO2, o que justifica o investimento num total de 12 milhões de euros para as autarquias que pretendem utilizar os fundos comunitários do Portugal 2020, que pretende assim criar 75km a ligar o Minho português. A mesma vai-se unir à Ecovia do Litoral, em Esposende, criando assim 150km de uma experiência inigualável.
Na Rota das Colheitas, um dos eventos que mais pessoas atrai pessoas ao município na época de Outono, também já foram inseridos trilhos como, por exemplo, o percurso de Aboim da Nóbrega ao Vade com o objetivo de promover a zona, sendo que podem pernoitar no Parque de Campismo Rural de Aboim da Nóbrega. A inovação e valorização da cultura tradicional portuguesa são um dos ênfases destas iniciativas criadas pela Câmara Municipal. Também pela autarquia são promovidos ainda os trilhos do Fojo do Lobo e o percurso da Caminhada de São Paio, em Vila Verde.
Para a região, estas mesmas rotas apresentam muita importância, sendo que apenas dinamizando e criando estes projetos geradores de riqueza que atraem pessoas à região será possível criar infraestruturas e empregos que fixem jovens nestas localidades, ao invés da tendência crescente em se moverem para os espaços urbanos.
As potencialidades presentes no concelho são cada vez mais vistas como uma forma de reaproveitar espaços existentes de forma a chamar pessoas e também conservar e sensibilizar quem lá reside e quem lá passa. Desde o Rio Homem, aos Rios Cávado e Neiva, o concelho de Vila Verde está repleto de locais onde se pode caminhar e apreciar a natureza de forma sustentável, sendo um dos maiores focos da autarquia nos últimos anos, sendo que a Câmara promete que este investimento irá crescer ainda mais.

ANA CORREIA

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)

Sem comentários: