O município de
Vila Verde, localizado no Baixo Minho, tem cada vez mais conquistado quem por
lá passa nos últimos anos devido aos esforços que a localidade tem feito para
dinamizar o turismo de natureza por todo o concelho. As suas diversas
potencialidades, existentes por todo o concelho, levaram a que esta área do
turismo começasse a ser mais dinamizada e explorada por parte da Câmara
Municipal de Vila Verde, de modo a dar resposta à procura que existe.
Vila Verde não
só é conhecida pelas suas imagens de marca, como os Lenços dos Namorados, a
rota do linho e a olaria local mas, também, passou a ser conhecida por quem
procura explorar a natureza.
Passadiços do Vade
O investimento
da autarquia de modo a viabilizar este tipo de turismo nos últimos anos passou
por criar ecovias, como, por exemplo, de passadiços junto ao Rio Vade, no norte
do município, tendo em conta requalificar as suas margens e permitir que as
mesmas possam ser visitadas.
Também a ecovia
do Vale do Homem, que anteriormente apenas ligava o rio a Santo António Mixões
da Serra, em Valdreu, pretende sensibilizar não só os turistas mas também a
comunidade para conservar e cuidar destes mesmos espaços naturais, no que diz
respeito à fauna e flora e preservação dos ecossistemas presentes junto a estes
rios.
Outro exemplo e
numa escala que ganhou novas proporções, está a ser criada, juntamente com a
Câmara de Esposende, uma ecovia que pretende ligar o Gerês a Esposende: a
Ecovia do Cávado. A construção pretende assim conectar e fazer um percurso de
grande escala que interligue diversos concelhos e consciencialize para a
preservação do percurso ao longo do rio Cávado, ligando os seis municípios do
Vale do Cávado (Terras do Bouro, Amares, Vila Verde, Braga, Barcelos e
Esposende).
A aposta neste
tipo de mobilidade pretende também reduzir as emissões de CO2, o que justifica
o investimento num total de 12 milhões de euros para as autarquias que
pretendem utilizar os fundos comunitários do Portugal 2020, que pretende assim
criar 75km a ligar o Minho português. A mesma vai-se unir à Ecovia do Litoral,
em Esposende, criando assim 150km de uma experiência inigualável.
Na Rota das
Colheitas, um dos eventos que mais pessoas atrai pessoas ao município na época
de Outono, também já foram inseridos trilhos como, por exemplo, o percurso de
Aboim da Nóbrega ao Vade com o objetivo de promover a zona, sendo que podem
pernoitar no Parque de Campismo Rural de Aboim da Nóbrega. A inovação e
valorização da cultura tradicional portuguesa são um dos ênfases destas
iniciativas criadas pela Câmara Municipal. Também pela autarquia são promovidos
ainda os trilhos do Fojo do Lobo e o percurso da Caminhada de São Paio, em Vila
Verde.
Para a região,
estas mesmas rotas apresentam muita importância, sendo que apenas dinamizando e
criando estes projetos geradores de riqueza que atraem pessoas à região será
possível criar infraestruturas e empregos que fixem jovens nestas localidades,
ao invés da tendência crescente em se moverem para os espaços urbanos.
As
potencialidades presentes no concelho são cada vez mais vistas como uma forma
de reaproveitar espaços existentes de forma a chamar pessoas e também conservar
e sensibilizar quem lá reside e quem lá passa. Desde o Rio Homem, aos Rios
Cávado e Neiva, o concelho de Vila Verde está repleto de locais onde se pode
caminhar e apreciar a natureza de forma sustentável, sendo um dos maiores focos
da autarquia nos últimos anos, sendo que a Câmara promete que este investimento
irá crescer ainda mais.
ANA CORREIA
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)
ANA CORREIA
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, lecionada ao Mestrado em Património Cultural, do ICS/UMinho)
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