Atualmente,
o Turismo é um tema muito recorrente nas redes sociais e com este artigo
pretende-se perceber, de uma forma muito sucinta, qual a influência das redes
sociais neste fenómeno. Tem-se, desta forma, como objetivo identificar quais os
aspetos positivos e os aspetos negativos que possam, eventualmente, resultar da
utilização desta ferramenta de promoção turística.
É
possível afirmar que a utilização das redes sociais é uma realidade muito
presente no quotidiano de milhões de pessoas pelo mundo fora, relevando-se um
instrumento muito útil e cada vez mais utilizada como uma plataforma de
promoção turística.
As
redes sociais vêm-se tornando numa ferramenta de divulgação de locais ou
produtos com baixo custo mas com uma grande visibilidade, o que leva a
resultados bastante positivos quando utilizados da melhor maneira. São diversos
os fatores fundamentais para uma campanha de promoção turística de sucesso, de
entre os quais importa ter presente a capacidade de transmitir de forma clara
as principais caraterísticas do destino ou produto que conduzem os potenciais
clientes a preferirem os seus produtos, em detrimento de outros da
concorrência.
No
momento de decisão, a utilização destas plataformas online para promover o turismo é bastante vantajosa quando se consideram
inúmeros fatores, tais como: a identidade, a confiança, a fidelidade e a
criação de uma marca turística. Estes são conseguidos através de campanhas
publicitárias bem conseguidas, em que são transmitidos aos potenciais clientes
os pontos fortes do destino ou produto turístico que se está a divulgar, sendo
que muitas vezes esta promoção pode ser feita através de algumas notícias que
surgem sem a intervenção direta dos próprios promotores turísticos.
Podemos
observar esta influência positiva da utilização das redes sociais quando uma
notícia surge nestas plataformas a destacar algum destino turístico. Veja-se, como
exemplo, o que aconteceu, recentemente, com a cidade de Braga, quando foram
publicadas várias notícias pelos órgãos de comunicação social considerando esta
como o 2º melhor destino europeu a visitar em 2019. Este facto levou a um
enorme crescimento do número de turistas na cidade, principalmente turistas
brasileiros, que por sua vez fez crescer a economia da cidade, algo que já se
começa a fazer sentir em alguns setores de atividade.
Mas,
como todos sabemos, nem tudo o que é publicado nas redes sociais é benéfico
para o turismo, e para compreender melhor esta situação podemos observar o que
vai acontecendo em algumas cidades da Europa, como são o caso de cidades como
Barcelona ou Veneza, em que que tem havido cada vez mais movimentos
“antiturismo” a promoverem ações de protesto denunciando os efeitos do turismo
de massa nas suas vidas. Este tipo de movimentos leva a um decréscimo do número
de turistas pois quem pensa visitar estas cidades tem receio do que possa
acontecer durante estes protestos.
Outro
caso que tem sido falado nas redes sociais e que é prejudicial para o turismo é
a situação de insegurança vivida em Paris durante os inúmeros protestos vividos
na cidade contra o governo francês. Este sentimento de insegurança criada nos
potenciais turistas é um fator muito importante, que faz com que na maioria dos
casos os mesmos prefiram visitar outros destinos turísticos.
Em
suma, podemos concluir que a utilização das redes socias como uma ferramenta de
promoção turística pode ser bastante vantajoso quando se vive num clima de
prosperidade e estabilidade no destino turístico, e quando é feita para
promover os pontos fortes ou grandes acontecimentos de uma cidade pois, como já
foi referido, quando algo de negativo ocorre num possível destino turístico a
utilização das redes sociais contribui negativamente para o turismo.
João Miguel Duarte Alves
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
João Miguel Duarte Alves
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
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