Os jardins zoológicos
sempre foram muito populares nas cidades, não só pelos animais, mas também
pelas atividades praticadas e os ensinamentos e esclarecimentos acerca das espécies
e dos habitats que os visitantes lá encontravam.
Atualmente, os jardins zoológicos têm um papel fundamental na educação das
pessoas, mas não é a única preocupação dos zoos pois a conservação e a
investigação são áreas muito exploradas pelos mesmos.
Os zoos assumem um papel
muito importante no ecossistema pois conseguem reintroduzir espécies e
controlar as povoações de muitas outras e, por vezes, só se consegue ver
determinada espécie em cativeiro, o que demonstra que se calhar estão mais
protegidas nos zoos (nascimento de uma fêmea Órix-de-Cimitarra no zoo de Lisboa,
espécie extinta).
O jardim zoológico de
Lisboa não foge a essa lógica e atualmente é um dos melhores zoos da Europa. Inaugurado
em 1884, foi o primeiro parque de fauna e flora na Península Ibérica, sendo as
suas primeiras instalações no Parque de São Sebastião da Pedreira. Em 1905, o
jardim zoológico foi transferido para o local onde se encontra ainda hoje, na
Quinta das Laranjeiras, em Sete Rios.
Como já referido em cima,
o jardim zoológico deixou de ser uma montra de animais para assumir um papel
muito importante na educação das pessoas, não só por possuir uma das melhores
salas de aulas, mas também porque a coleção animal, o espaço e as atividades
proporcionam uma aprendizagem eficaz e atraente. É uma das maiores preocupações
do zoo de Lisboa a aposta em conservação e proteção de espécies, daí que as
estruturas nos últimos anos estão a ser totalmente remodeladas, o que por si só
vai garantir o bem-estar dos animais, mas ao mesmo tempo proporcionar uma maior
satisfação para quem o visita. No zoo de Lisboa, habitam cerca de 2000 animais,
aproximadamente 300 espécies, desde mamíferos, aves, répteis e anfíbios.
Os Zoos afirmam-se como
importantes estruturas turísticas para as cidades uma vez que a sua presença
atrai visitantes que, para além de visitarem o Zoo, acabam por consumir outros
produtos e serviços turísticos nas cidades, uma vez que estes se localizam
maioritariamente em zonas com elevado fluxo turístico.
O Jardim Zoológico de
Lisboa é uma das maiores atrações turísticas e, segundo dados recolhidos em
2018, o Zoo de Lisboa recebe cerca de um milhão de visitantes por ano,
provenientes de Portugal e de outros países.
O seguinte gráfico mostra
a que ritmo tem crescido o número de visitantes a museus, jardins zoológicos,
jardins botânicos e aquários.
Como é possível observar,
desde o ano de 2001, o número de visitantes tem crescido exponencialmente,
tendo em conta que a partir do ano 2013 o crescimento tem sido muito acentuado.
Depois de uma pesquisa
mais aprofundada, descobri que o número de visitantes de zoos, aquários e
jardins botânicos em 1961 era de 574.000 visitantes, em 2000 era de 1.608.000
visitantes e em 2017 4.606.000 visitantes. Estes números demonstram um maior
interesse das pessoas por este tipo de locais, tornando-se locais de foco
turístico e muito importantes para o município de Lisboa.
Este segundo gráfico é
muito interessante e podemos retirar várias conclusões acerca do mesmo. O
município que recebe mais visitantes e estudantes em zoos, museus, aquários e
jardins botânicos é o município de Lisboa e, no ano de 2011, recebeu cerca de
4.500.000 visitantes, o que demonstra que que este tipo de lugares tem extrema
importância no turismo em Lisboa. Infelizmente, só foram encontrados dados de 2011
e isso aponta certamente que estes números sofreram grandes alterações nos
últimos sete anos.
Depois de esta pequena
análise, acho que não preciso dizer mais nada porque penso que os leitores
depois de verem estes números vão facilmente entender que, para além de ser um
lugar de diversão e entretenimento, o Jardim Zoológico de Lisboa é um lugar
fundamental, marcante e essencial para a sociedade e para o turismo em Lisboa.
João
Nuno Gama
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
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