Portugal
está na moda. A prova disso é que há cada vez mais turistas por todos os cantos
do nosso país, aspeto que não se cinge a um determinado tipo de turismo,
tornando o nosso território um versátil cartão-de-visita. Mas como em tudo, a
evolução não espera e é acompanhada de novas e inovadoras soluções para
aproveitamento dos recursos existentes,
desenvolvendo e enriquecendo o potencial turístico de cada região. Naturalmente,
esse novo paradigma está associado às exigências da sociedade e às mudanças das
mentalidades. Se há uns anos nos dissessem que iríamos ver centenas de pessoas
comuns caminhando nas praias a recolher lixo, conversas frequentes sobre o
esgotamento dos recursos naturais e práticas para o combater, muito
provavelmente não acreditaríamos. Mas a verdade é que a mentalidade da
sociedade tem vindo a mudar e nestes últimos anos houve um despertar da
consciência ambiental e do respeito pela natureza, uma tendência que se está a
impor em quase todos os setores de atividade, e um pouco por todo o mundo.
Surgem,
assim, novos padrões turísticos de forma a magnetizar novos públicos-alvo,
respeitando as tendências, não só pela sua viabilidade, mas também pela causa
que adjunta. Muitos de nós
recordam as vivências passadas na infância, quando íamos acampar com os nossos
pais ou amigos nalgum parque de campismo no Gerês, Algarve ou noutro ponto do
país. O convívio e as paisagens eram sem dúvida uma experiência enaltecedora,
que nos davam uma sensação de paz e tranquilidade, uma sensação de pertencer a
um mundo diferente. Mas também concordamos que dormir em sacos-cama
desconfortáveis, acordar cedo com um calor insuportável na tenda (quando não
era três ou quatro vezes numa noite), não ter eletricidade e tomar banhos de
água fria não traz tantas saudades assim.
Para as pessoas que não são
fãs de acampar devido à falta de glamour associado
a este tipo de estadia, o problema é solucionado com o Glamping. O Glamping conjuga conforto e glamour com a experiência de contacto
com a natureza, associada, normalmente, ao campismo. Representa uma nova vaga
de turismo ecológico com recurso a estruturas luxuosas, integradas no meio
ambiente. Este conceito traduz uma tipologia de turismo recente e inovadora,
relacionada com o turismo de Natureza, sendo resultado do progresso do modelo
da sociedade onde vivemos, num respeito mútuo, numa envolvência e promoção dos
recursos naturais e da vida.
No turismo, hoje em dia, mais do que uma bela
paisagem e o luxo de um hotel, as experiências são um dos fatores mais
valorizados. É a proximidade com a natureza, o privilégio de adormecer a
observar as estrelas e acordar sob o brilhante céu azul, conjugado com luxo e
conforto, que torna o Glamping uma encantadora
atratividade. E ainda por mais Portugal. Aquele lugar do sudoeste europeu onde
ressaltam as suas montanhas imponentes e as vastas planícies, as praias de
areias sem fim, banhadas por um oceano impetuoso, com uma magnifica costa
esculpida divinamente. É neste sentido que o Glamping se encaixa na perfeição em Portugal, ideal para
disfrutarmos da natureza no seu melhor, proporcionando-nos uma experiência sem
dúvida única. Portugal, já premiado como um dos destinos mais sustentáveis do
mundo, tem apostado vitoriosamente neste tipo de turismo, encontrando-se
espalhado por todo o país e angariando cada vez mais adeptos.
Sendo
uma tendência mundialmente harmoniosa, o Glamping
está bem encaminhado para uma significativa incrementação no estigma da
sociedade. A conjugação das experiências espiritual, intimista, física e
intelectual proporciona uma vivência esplendorosa, uma oportunidade de tirar o
máximo proveito do contacto com a natureza, com qualidade de vida. De ano para
ano, surgem cada vez mais locais dedicados ao Glamping, o que torna a escolha cada vez mais difícil, mas ao mesmo
tempo significa mais descobertas para conquistar. Experiências únicas,
paisagens mágicas, conforto e natureza estão de mãos dadas para nos oferecer o
melhor que o nosso país dispõe, vivenciando cada momento como único.
Diana
Ribeiro da Silva
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
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