A
escolha deste tema em particular surge do facto de, como vimaranense, ver este
tipo de atividades como atividades potencializadoras do território e como
influenciadoras da dinâmica da cidade. Por esse motivo optei por explorar mais
um bocadinho e fundamentar desta forma a minha opinião acerca deste evento em
específico, que acontece em Guimarães de há uns anos para cá!
Esta,
surgiu em 2012, ano em que Guimarães foi Capital Europeia da Cultura, e tem
acontecido todos os anos desde então dado o entusiasmo com que foi recebido e a
adesão à mesma. Este é um evento cultural e artístico para todas as idades.
Nesta
noite é pedido que toda a gente se vista a rigor, isto é, usando branco,
criando um ambiente único. Existem vários palcos espalhados por diversos pontos
emblemáticos da cidade e cada um deles oferece aos visitantes um estilo de
música diferente, sendo por isso um evento bastante diversificado, que oferece
música para todos os gostos! Os pontos emblemáticos onde se encontram estes
palcos são o Largo João Franco, Praça de Santiago, Largo de Donães, a
Plataforma das Artes e da Criatividade, a Rua de Santo António e, ainda, um
autocarro, o famoso Trio Elétrico, que desce desde o Largo da Mumadona até ao
Largo do Toural (onde depois permanece), que se tornam autênticas pistas de
dança a céu aberto. Alguns locais foram alterando ao longo das edições, como é
o caso do Largo Donães, uma das novas praças da cidade.
O
evento acontece normalmente em inícios de julho e este ano, 2019, irá
realizar-se a 6 de julho, começando às 20h e terminando às 03h (como já vem a
acontecer). Este evento é ainda de entrada livre, não havendo qualquer custo e,
como já referido, pessoas de todas as idades podem então usufruir da animação nos
vários palcos disponíveis. Para além dos diversos palcos, existem ainda várias
animações de rua e o comércio local associa-se ao evento. Existem ainda vários
museus e espaços culturais que se associam ao mesmo, dando ao público a
oportunidade de conhecer os mesmos numa perspetiva noturna. Um dos exemplos de
espaços culturais que normalmente se associam à Noite Branca é o Centro
Internacional das Artes José de Guimarães, que se situa na Plataforma das Artes
e da Criatividade.
Este
evento atrai milhares de pessoas todos os anos, sendo estas maioritariamente Vimaranenses
e pessoas de concelhos vizinhos, mas atrai ainda várias pessoas de todo o país
e de todo o mundo (uma vez que se realiza em época alta), que saem à rua para
desfrutar desta noite única em Guimarães.
É,
na minha opinião, um evento bastante beneficiador em termos económicos uma vez
que neste dia há uma maior adesão a bares, cafés e restaurantes da cidade,
sendo estes dos maiores beneficiadores do mesmo. Como este, existem outros
eventos do mesmo género que ocorrem essencialmente no período dos três meses de
verão pela cidade, que servem como dinamizadores, mostrando Guimarães como
sendo uma cidade moderna, jovem, ativa, inovadora e apelativa a “miúdos e
graúdos”, uma vez que tem uma oferta de atividades para todos os gostos e
idades. De certa forma, o evento serve também como forma de divulgar o
território uma vez que como são eventos de grande escala e, por isso, com
grande visibilidade. Chamam a atenção para a cidade, não só nestes dias como em
vários outros.
Nesta
medida, eventos como a Noite Branca potenciam então, a meu ver, uma maior
visibilidade ao território como forma de o tornar mais apelativo, com o
objetivo de atrair mais pessoas a visitarem a cidade, sendo uma das medidas que
mostram o crescimento e o desenvolvimento da cidade, tornando-a cada vez mais
procurada e visitada.
De
notar que este evento não é caraterístico de Guimarães, na medida em que surgiu
primeiramente em Paris, França, e ao longo dos anos foi-se realizando em várias
cidades do mundo. Em Portugal, realiza-se apenas em Guimarães, Braga e Guarda.
Maria Inês M. Fernandes
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “economia e Política Regional”, do curso de Mestrado em Geografia do ICS, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “economia e Política Regional”, do curso de Mestrado em Geografia do ICS, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
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