O
Turismo é importante na atividade económica de um país, desde a geração do emprego
e de rendimento bem como para a criação de novas oportunidades de negócios e o aumento
da produção de bens e serviços no mercado, uma vez que também traz com ela
desenvolvimento às localidades e melhorias nas infraestruturas dos países,
trazendo benefícios aos turistas, às respetivas populações locais e aos países.
Segundo
a (FORBES, 2019), não surpreende o facto do turismo ser um aspeto importante na
economia espanhola. Uma pesquisa sobre “Tendências e Políticas para o Turismo
da OCDE em 2018” constatou que o turismo representou 11% do PIB da Espanha em
2016. Em Portugal, representou 9,2% do seu PIB, no mesmo ano. Em países como a
Alemanha e o Japão, onde a economia está mais voltada para a indústria e o
setor de serviços, o impacto do turismo não é tão forte. Representou 3,9% e
1,9% do PIB dos ditos países, respetivamente. Já nos Estados Unidos, contribuiu
com 2,7% do PIB em 2016.
Em
primeiro lugar, penso que, com a implantação do Turismo nas localidades, é
possível estas se desenvolverem, ainda que, basicamente, equipamentos de apoio
e infraestrutura, meios de transporte, criação de novos meios de hospedagem, mão-de-obra
qualificada, entretenimento, oportunidade de expansão dos empreendimentos, serviços
alimentares, tais como bares, lanchonetes, quiosques e restaurantes, melhorias
e adequações na saúde pública, saneamento, vias de acesso e segurança, entre
outros que os turistas buscam e necessitam, gerem benefícios no bem estar e na
qualidade de vida para a própria população local e o país, de modo geral.
Em
segundo lugar, digo que é uma pena que muitos países, em especial aqueles que
estão em via de desenvolvimento, não utilizarem a atividade turística, ou seja,
não explorem esse mecanismo chave que é o Turismo como meio ou fator
preponderante quer para proporcionar o crescimento económico dos países quer
seja para o desenvolvimento das localidades.
Em
terceiro lugar, nota-se que alguns países desenvolvidos não criam formas de
Turismo, ou seja, não potencializam esse setor de atividade, preferindo manterem-se
apegados ao passado. Acredito que o Turismo deve acompanhar a evolução do
mundo, quer seja em termos tecnológicos ou em termos culturais e não
simplesmente limitar-se ao passado. É bem verdade que os Turistas procuram
diversidades, mas uma forma de atraí-los é também criar um marketing público de
qualidade, a fim de convencê-los a procurar conhecer mais sobre o Turismo num
determinado país.
Os
dados acima publicados pela FORBES demonstram claramente que a atividade
turística pode contribuir para o desenvolvimento económico, social, cultural e
ambiental de qualquer país, mas o grande problema está em como os países
potencializam esse setor de atividade.
Todavia,
é notória a importância de um planeamento estratégico para o setor. A administração
pública e a iniciativa privada devem trabalhar em conjunto e se organizar para
criar mecanismos para potencializar o crescimento deste sector de atividade e
assim, juntos, promoverem políticas de fomento do desenvolvimento sustentável e
crescimento económico de qualquer país.
A
construção de um planeamento estratégico para o turismo nacional, regional e ou
local de qualquer país deve ser prioridade para todos os envolvidos na
atividade: poder público, iniciativa privada, turismólogos, organizações,
associações, comunidade local e as populações, em geral.
Reforço
que para estabelecer uma atividade turística sustentável, de qualidade, potente
e atraente para todos é necessária a integração e cooperação de todos, porque
até mesmo a educação de uma população expressa em termos comportamentais é um
fator preponderante aquando da escolha do local para o Turismo. Nenhum Turista
quer efetuar a sua atividade num local ou país em que o índice de criminalidade
é muito elevado. Em suma, o Turismo vai muito além daquilo que muitos países
têm oferecido e, por consequência, perdem muito em termos de crescimento
económico.
Lumpini Daniel Kiewuzowa
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
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