O
turismo é um setor da Economia designado de refúgio, em que se presta serviços
pessoais. Esta necessidade adveio principalmente do aumento dos
tempos livres e da mobilidade, dos novos padrões de comportamento, da
liberalização da circulação de pessoas e do aumento do poder de compra.
Na
verdade, dá-se o nome de turismo ao conjunto de atividades realizadas pelos
indivíduos durante as suas viagens e estadias em lugares diferentes daqueles do
seu lugar habitual de residência ou trabalho por um período de tempo consecutivo
inferior a um ano. Geralmente, de acordo com os meus conhecimentos, a atividade
turística é realizada com fins de lazer, embora também exista o turismo por
razões de negócios (mais conhecido por viagens de negócios) e outros motivos.
Hoje, as
principais áreas de destino turístico são a Europa, as Caraíbas, a China
(Sudeste Asiático), o Médio Oriente (Norte de África), a Oceânia (América do
Sul, África Negra) e o Brasil, contudo já na Grécia Antiga existia
uma incipiente atividade turística com as Olimpíadas (ou Jogos Olímpicos) já
que, de quatro em quatro anos, milhares de pessoas se deslocavam para assistir
ao evento.
O turismo, tal como o conhecemos atualmente,
nasceu no século XIX, na sequência da Revolução Industrial, que possibilitou as
deslocações, tendo por objetivo o descanso, o lazer ou ainda motivos sociais ou
culturais. Anteriormente, as viagens prendiam-se mais com a intenção comercial,
os movimentos migratórios, as conquistas e as guerras.
Após uma pesquisa
sobre a temática, constatei que o inglês Thomas Cook terá sido o pioneiro no
turismo, enquanto atividade comercial. Em 1841, realizou a primeira viagem
organizada da História, um antecedente daquilo que hoje é um pacote turístico.
Uma década mais tarde, fundou a primeira agência de viagens do mundo: a Thomas Cook and Son.
Presentemente, o turismo é uma das principais indústrias a
nível global. Pode-se estabelecer uma diferença entre o turismo de massa
(um grupo de
pessoas agrupado por um operador turístico) e o turismo individual (viajantes
que decidem as suas atividades e itinerários sem intervenção de operadores da
área).
De facto, existem quase tantos tipos de turismo como interesses
humanos, o que me leva a mencionar o turismo cultural (pessoas que se deslocam
para conhecer marcos artísticos ou históricos), turismo de consumo (excursões
organizadas com o objetivo principal de adquirir produtos), turismo de formação
(relacionado com os estudos), turismo gastronómico (para desfrutar da comida
tradicional de um determinado local), turismo ecológico (baseado no contacto
não invasivo com a natureza), turismo de aventura (para praticar desportos
de risco/de
aventura de carácter recreativo, o surf,
por exemplo), turismo religioso (relacionado com acontecimentos de índole
religiosa) e até o turismo espacial (negócio recente, que organiza viagens para
o espaço).
Na
minha humilde opinião, esta atividade turística implica que os agentes
criadores sejam empreendedores, sigam políticas económicas colaborativas, detetem
necessidades, conheçam aprofundadamente os espaços e tenham em conta as
questões ambientais, a fim de promoverem o emprego e os produtos dos locais,
contribuirem para o crescimento de infraestruturas, e para o desenvolvimento da
economia, em síntese, para que mobilizem a utilidade na/para Sociedade
Contemporânea.
“Os homens só amam naturalmente
aquilo que lhes pode ser útil” – Blaise
Pascal
António
Jorge Silva Rodrigues
Referências Bibliográficas
CUNHA, licínio
(1997) - Economia e Política do Turismo.
Mcgraw- Hill, Lisboa.WORLD TOURISM ORGANIZATION; UNITED NATIONS
ENVIRONMENT PROGRAMME (1992) – Guidelines:
Development of National Parks and Protected Areas for Tourism, Madrid.
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