terça-feira, março 12, 2019

TURISMO: PERCURSOS

O turismo é um setor da Economia designado de refúgio, em que se presta serviços pessoais. Esta necessidade adveio principalmente do aumento dos tempos livres e da mobilidade, dos novos padrões de comportamento, da liberalização da circulação de pessoas e do aumento do poder de compra.
Na verdade, dá-se o nome de turismo ao conjunto de atividades realizadas pelos indivíduos durante as suas viagens e estadias em lugares diferentes daqueles do seu lugar habitual de residência ou trabalho por um período de tempo consecutivo inferior a um ano. Geralmente, de acordo com os meus conhecimentos, a atividade turística é realizada com fins de lazer, embora também exista o turismo por razões de negócios (mais conhecido por viagens de negócios) e outros motivos.
Hoje, as principais áreas de destino turístico são a Europa, as Caraíbas, a China (Sudeste Asiático), o Médio Oriente (Norte de África), a Oceânia (América do Sul, África Negra) e o Brasil, contudo já na Grécia Antiga existia uma incipiente atividade turística com as Olimpíadas (ou Jogos Olímpicos) já que, de quatro em quatro anos, milhares de pessoas se deslocavam para assistir ao evento.
O turismo, tal como o conhecemos atualmente, nasceu no século XIX, na sequência da Revolução Industrial, que possibilitou as deslocações, tendo por objetivo o descanso, o lazer ou ainda motivos sociais ou culturais. Anteriormente, as viagens prendiam-se mais com a intenção comercial, os movimentos migratórios, as conquistas e as guerras.
Após uma pesquisa sobre a temática, constatei que o inglês Thomas Cook terá sido o pioneiro no turismo, enquanto atividade comercial. Em 1841, realizou a primeira viagem organizada da História, um antecedente daquilo que hoje é um pacote turístico. Uma década mais tarde, fundou a primeira agência de viagens do mundo: a Thomas Cook and Son.
Presentemente, o turismo é uma das principais indústrias a nível global. Pode-se estabelecer uma diferença entre o turismo de massa  (um  grupo de pessoas agrupado por um operador turístico) e o turismo individual (viajantes que decidem as suas atividades e itinerários sem intervenção de operadores da área).
De facto, existem quase tantos tipos de turismo como interesses humanos, o que me leva a mencionar o turismo cultural (pessoas que se deslocam para conhecer marcos artísticos ou históricos), turismo de consumo (excursões organizadas com o objetivo principal de adquirir produtos), turismo de formação (relacionado com os estudos), turismo gastronómico (para desfrutar da comida tradicional de um determinado local), turismo ecológico (baseado no contacto não invasivo com a natureza), turismo de aventura (para praticar desportos de risco/de aventura de carácter recreativo, o surf, por exemplo), turismo religioso (relacionado com acontecimentos de índole religiosa) e até o turismo espacial (negócio recente, que organiza viagens para o espaço).
Na minha humilde opinião, esta atividade turística implica que os agentes criadores sejam empreendedores, sigam políticas económicas colaborativas, detetem necessidades, conheçam aprofundadamente os espaços e tenham em conta as questões ambientais, a fim de promoverem o emprego e os produtos dos locais, contribuirem para o crescimento de infraestruturas, e para o desenvolvimento da economia, em síntese, para que mobilizem a utilidade na/para Sociedade Contemporânea.
“Os homens só amam naturalmente aquilo que lhes pode ser útil” – Blaise Pascal

António Jorge Silva Rodrigues

Referências Bibliográficas
CUNHA, licínio (1997) - Economia e Política do Turismo.
Mcgraw- Hill, Lisboa.WORLD TOURISM ORGANIZATION; UNITED NATIONS ENVIRONMENT PROGRAMME (1992) – Guidelines: Development of National Parks and Protected Areas for Tourism, Madrid.
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)

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