Portugal
confirma a cada dia as suas capacidades no Turismo, seja pelo número de
turistas que nos visitam, seja na crescente afirmação da sua relevância enquanto
atividade económica. Vila Nova de Famalicão, um concelho do distrito de
Braga, tem procurado crescer no âmbito do turismo e para isso as iniciativas
têm sido inúmeras.
O
conselho iniciou um projeto denominado “Famalicão, o seu lugar”, criado sobre o
mote de Famalicão Turismo 2020, cuja estratégia se divide em quatro eixos:
gastronomia e vinhos, animação turística e eventos, touring cultural e paisagístico e turismo industrial e negócios. Os
principais objetivos deste projeto passam por aumentar a duração da estadia
média do turista, reconhecer e valorizar o património cultural e, acima de tudo,
contribuir para a internacionalização do conselho.
Cada
um dos eixos anteriormente apresentados detém estratégias específicas.
Relativamente ao eixo da gastronomia e vinhos, é pretendido que se potencie a
cozinha regional e a sua relação com a cultura local e os produtos endógenos.
Para tal, uma das iniciativas apresentadas é “Dias à mesa”, cujo objetivo é
proporcionar aos turistas uma experiência completa dos sentidos, com sabores
únicos e muitos divertimentos.
No
eixo da animação turística e eventos, o conselho famalicense procura oferecer
uma programação diversificada e eclética, com o objetivo de proporcionar
visitas em qualquer época do ano, apresentando como exemplo para este eixo a
força do Carnaval de Famalicão e as Festas Antoninas.
O
terceiro eixo apresentado, touring cultural
e paisagístico, é consolidado com o privilégio de visitar locais únicos, como
os ricos museus famalicenses, como por exemplo a Casa de Camilo Castelo Branco,
completado com belas paisagens que o conselho potencia, como o caso do Parque
da Devesa.
Uma
das maiores caraterísticas do concelho de Vila Nova de Famalicão é a sua
riqueza relativamente à indústria. Aqui se enquadra o quarto eixo, com o
objetivo de dar a conhecer a força industrial de um conselho que procura estar
conectado com parceiros internacionais e empresas de referência mundial. O
projeto que se pretende implementar neste sentido é a Rota da Indústria Têxtil,
como estratégia para afirmação da marca “Famalicão Cidade Têxtil”.
Segundo
a Organização Mundial do Turismo, o turismo em Portugal, e sobretudo no norte
do país, irá continuar a crescer até 2030. Dado que a região de Braga também é
muito reconhecida nesse âmbito, considero que todas as iniciativas para a
promoção do turismo devem ser valorizadas. Além disso, cabe a cada município
exaltar todos os recursos, atividades e património que detém, sendo que,
através destas iniciativas, Vila Nova de Famalicão é um excelente exemplo
disso.
Paulo
Cunha, presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, afirma que para
conseguir que o conselho chegue mais longe é necessário criar uma relação entre
os diversos agentes dos diferentes eixos. Procura, ainda, que, através dessa
dinâmica, sejam criados os espaços de interesse para satisfazer a procura
turística.
Além
de colocar o município de Famalicão como uma referência turística, as promoções
destas atividades contribuem ainda para o crescimento económico da cidade, dado
que os turistas, além de promoverem a cidade através da recomendação, apostam
também no comércio local, cooperando para o crescimento do mesmo. Por outro
lado, o turismo também contribui para o crescimento saudável de uma sociedade, para
a partilha de novas experiências e o conhecimento de diferentes culturas, o que
faz das pessoas do conselho se tornem mais ricas em termos culturais e cívicos,
dado que pessoas com diferentes perspetivas são mais tolerantes e recetivas a
novas experiências e a quem visita a cidade. O crescimento do turismo faz,
portanto, na minha opinião, evoluir o concelho não só economicamente, mas
também socialmente.
Catarina Isabel Tinoco Rocha
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
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