Ao realizar uma viagem, os turistas
procuram novas experiências para aguçar todos os sentidos, entre eles, o
paladar. Experimentar novos sabores é fazer uma imersão na cultura local do
destino que se visita. Diante disso, criar roteiros que, além de abranger
estabelecimentos gastronómicos, contemplem a cultura local e o consumo de
pratos típicos do lugar é essencial para dar origem a experiências únicas.
A gastronomia é uma das melhores
maneiras de descobrir a cultura e o estilo de vida de uma cidade. Caminhar
pelos diferentes mercados locais ou participar em provas de vinho em vinhas
privadas, sem esquecer de petiscar em pequenos restaurantes familiares, tudo
isto são experiencias únicas que vão contribuir para uma visão privilegiada de
como é a vida e a cultura dos habitantes
locais.
A gastronomia,
como manifestação cultural e como património imaterial, faz hoje sentido
num mundo globalizado, onde o turismo cultural procura responder à procura,
cada vez maior, de um fragmento que está em expansão, mais concretamente os “culinary travelers” ou “food travelers”, logo, assume-se
não só como parte fundamental da cultura mas como elemento importante na
captação de turistas.
Resplandecente, o Minho forma um todo inigualável, sobressaindo
o encanto das paisagens, a particularidade da arquitetura, a grandiosidade do
património cultural e todos os tradicionais hábitos gastronómicos. A Gastronomia Minhota é
muito rica em sabor e também muito diversificada, daí o facto de ser muito
apreciada, quer por nacionais, quer por estrangeiros.
No Minho, explora-se ao máximo o
potencial do porco e os produtos do rio que dá nome à antiga província. São
vários os pratos típicos desta região, por exemplo, nos tempos frios, é comum
servirem-se as famosas papas de sarrabulho, que têm como principais
ingredientes sangue de porco, carne de galinha, carne de porco, cominhos e pão.
Rojões à Moda do Minho é outro prato de carne, muito conhecido na região do
Minho, é um dos mais tradicionais da cozinha portuguesa. É confecionado com
diversos ingredientes que lhe dão o colorido e aparência peculiar, começando
pela carne de porco cortada aos cubos, chouriço e fígado. Também a receita de
arroz de lampreia de Entre-os-Rios é uma das várias receitas minhotas, cuja a
principal particularidade é a inclusão de ingredientes como o vinho maduro
tinto, o presunto e o salpicão.
Não nos podemos
esquecer da tradicional bebida que muitas vezes acompanha estes famosos e
deliciosos pratos. Portugal é um país fortemente vinícola, daí o facto de nos
proporcionar uma grande oferta em termos de vinho. Os mais célebres são os
Vinhos do Douro, do Alentejo e do Dão, mas temos também os vinhos verdes do
Minho e ainda os vinhos licorosos do Porto e da Madeira.
De salientar, locais como Braga, Guimarães, Monção e Melgaço, que promovem o
turismo e acolhem simultaneamente um evento que integra provas de vinhos, com reputados
especialistas, gastronomia,
com diversas sessões de showcooking, e mercado de produtos regionais,
além de uma festa temática que celebra os néctares minhotos, a Minho
Wine Night.
Na minha opinião, a gastronomia
de um local sinaliza-se cada vez mais como meio de promoção de um destino
turístico, aumentando a oferta turística através da sua agregação ao turismo
cultural. De certa forma, trata-se de uma simples arte de culinária, que
determina a forma como vivem os habitantes de cada região em determinada época
e que acaba por proporcionar aos viajantes uma experiencia inigualável e um
grande conhecimento e ligação à zona.
Eduarda Fernanda Fernandes Oliveira
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
Eduarda Fernanda Fernandes Oliveira
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
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