domingo, abril 14, 2019

CONTRIBUIÇÃO DO CÂMBIO BRASILEIRO PARA O TURISMO EM PORTUGAL

Quando o indivíduo se programa para uma viagem internacional/europeia, seja sozinho ou em família, determina primeiramente o país, optando pelo que oferece mais motivações em termos de realizações pessoais, e em seguida os custos que se terá nele durante a estadia programada.
Países da Europa como, por exemplo, Irlanda, França, Itália, Espanha e Alemanha têm em comum, além da moeda (euro), alguns métodos de precificação de produtos e serviços similares. O fato é que as economias desses países, quando comparadas com a de Portugal, são mais estáveis e ricas, fazendo com que os preços sejam mais elevados em alguns aspetos. Porém, apesar do turista brasileiro pagar pelo câmbio do euro o mesmo valor do Real,  que servirá para gastar  em qualquer país filiado da zona euro, o mesmo deve apurar onde os seus euros vão estar mais rentáveis, ou seja, onde o mesmo bem comprado em euros será mais acessível ao turista, logo, onde o euro terá mais poder financeiro.
Para os turistas brasileiros, o IOF – Imposto sobre Operação Financeira -, no câmbio, é um ponto determinante na decisão da compra da moeda. Atualmente, o SFN – Sistema Financeiro Nacional oferece a entrega de moedas internacionais reconhecidas pelo BACEN – Banco Central do Brasil, sob duas formas; são elas:
Papel Moeda, com o IOF de 1.10% sobre os reais do câmbio; ou
Cartão Pré-Pago, com o IOF de 6,38% sobre os reais do câmbio.
Para o turista brasileiro, a forma de se programar para a compra do papel-moeda torna-se um ponto de decisão se vai ou não acontecer a viagem, pois trata-se de uma despesa considerável em seu orçamento.
De imediato, o turista brasileiro, ao fechar o câmbio, é muito resistente a adquirir os euros em cartão recarregável, sendo claro, por questões óbvias, que ele terá que disponibilizar muito mais Reais do que se optasse pela forma de papel-moeda. Porém, em alguns casos, como por exemplo viagens em família, ninguém quer correr o risco de sair do país com Eur 5.000,00 (Cinco Mil Euros) ou Eur 10.000,00 (Dez Mil euros)  na carteira, o que torna a operação cambial no cartão muito mais segura, porém, com o preço elevado.
As parcerias com as principais bandeiras de cartões de pré-pagos, como a VISA e MASTERCARD, em Portugal, oferecem muito mais segurança para o turista brasileiro quando este opta por adquirir seus euros via cartão, permitindo também comodidade para o turista e a certeza de que será muito bem aceite em Portugal.
A incidências das taxas operacionais spreads das transações sobre as operações de câmbio turismo são de gestão/determinadas por cada IF – Instituição Financeira que atua no segmento no mercado. Aí, o motivo de uma instituição vender mais caro e a outra mais barato, porém as alíquotas do IOF são determinadas pelo Banco Central do Brasil.
Portugal tem sido um país muito procurado pelos turistas, não só brasileiros, mas de outras nações do Mundo. Claro que não é tudo barato no país, mas quando comparado as variáveis como estadias, alimentação, transporte, locação de automóveis, tours, entre outras atrações de outros países, o mesmo euro comprado no Brasil terá mais poder de compra, sendo este um bom motivo orçamentário para o destino Portugal.
Entendemos que o câmbio favorece sim os brasileiros a visitarem Portugal. Independente da forma da entrega da moeda (cartão pré-pago ou papel-moeda), o país oferece mais preços atrativos e cabíveis no bolso dos turistas em questão, fazendo com que o euro tenha mais poder de compra.

TIAGO RAMOS DOS SANTOS


(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)

Sem comentários: