Ponte de Lima, apesar de
ter como título “Vila Mais Antiga de Portugal” e de ter como lema “Terra Rica
em Humanidade”, é uma das vilas portuguesas que se encontra um pouco apagada
pelas outras vilas e cidades que a rodeiam, ou então são apenas olhadas com
maior interesse as festividades que são mais conhecidas e que têm uma maior
dimensão. São essas as Feiras Novas e a Feira Quinzenal.
No entanto, como maneira
para poder mostrar a sua luz própria, Ponte de Lima também inclui nos seus vários
programas culturais várias temáticas, como a gastronomia, a agricultura, a pecuária
e a jardinagem, durante as várias épocas do ano, o que cada vez mais cria uma
maior dinâmica para a Ponte de Lima e, desta maneira, esta evolui a nível
turístico e económico.
O programa a que vou dar
mais relevo neste trabalho é, no entanto, realizado acerca de 14 anos: é o
Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima. Este festival é realizado
todos os anos numa das margens do Rio Lima, mais precisamente na freguesia de
Arcozelo, durante os meses de Maio, Junho Julho, Agosto, Setembro e Outubro.
Este evento tornou-se um
espaço de grande interesse para os locais assim como para outras pessoas que
tenham como interesse a jardinagem e a natureza como elemento paisagístico,
porque tem como conceito a união de vários grupos nacionais e internacionais
que tenham como interesse o trabalho da criação de um jardim, como um tema – que
é renovado todos os anos – e que depois é aberto ao público.
Estes jardins acabam por
ser espaços muito interessantes a nível estético. As muitas variedades de
plantas são trabalhadas de acordo com o tema e o design que cada equipa idealiza para o seu espaço, e são feitas as
relações de vários elementos artísticos, juntamente com as ditas plantas, de
forma a criar um espaço interativo e confortável para os visitantes.
As visitas aos Jardins
acabam por ser um momento muito agradável, principalmente pelo facto de tais
visitas serem principalmente concretizadas durante os meses de mais calor, o
que permite uma interação com os elementos frescos dos jardins, que pode ser a
água, as próprias plantas, as sombras e até as fontes que se encontram
espalhadas no circuito do espaço dos jardins.
Apesar da vertente
relacionada com o lazer, estas visitas são sempre feitas com um olhar mais
avaliativo porque este festival é também um concurso de jardins, isto significa
que os visitantes irão, entre os vários espaços/jardins, escolher qual o que
acharam o mais interessante no seu ponto de vista, e aquele que for selecionado
poderá continuar em exposição na próxima edição do festival.
O Festival Internacional
de Jardins de Ponte de Lima é um evento que traz vários visitantes às margens
do Rio Lima. Para além dos alunos das escolas ao redor de Ponte de Lima, estes
jardins são também do interesse de vários entusiastas pela flora e de como esta
foi adaptada nos jardins. É uma atração também para os que gostam de espaços
verdes e calmos. Como são espaços confortáveis e frescos, são também muito
frequentados pelos idosos de várias instituições de Ponte de Lima, por forma a que
estes possam ter um dia diferente.
Resumindo, este espaço
acaba por ter um interesse para vários tipos de visitantes, independentemente
da sua profissão e dos seus gostos, até porque um espaço verde e fresco é
sempre confortável nos dias de calor abafado.
Este evento é também um
que sensibiliza para o cuidado tidos com os espaços verdes da vila de Ponte de
Lima, de maneira a manter a harmonia urbana com a natureza que a envolve, o que
também causa um impacte positivo a nível ambiental.
Pessoalmente, penso que o
Festival de Jardins de Ponte de Lima é um evento que está bem organizado, tem
uma temática agradável e ao mesmo tempo é sensibilizador. No entanto, a sua
divulgação acaba por se restringir à agenda cultural, sítio oficial, e ao sítio
oficial da Câmara Municipal de Ponte de Lima, o que não permite que este evento
seja mais divulgado, para além das possíveis patilhas de fotografias retiradas
dos vários espaços ou então através do tradicional “passar a palavra”. Portanto,
um dos aspetos a melhorar seria a sua divulgação de maneira a que este evento
possa continuar a crescer e a ter ainda mais públicos.
Carla
Filipa Monteiro Lima
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, do curso de Mestrado em Património Cultural do ICS, a funcionar no 2ºsemestre do ano letivo de 2018/2019)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, do curso de Mestrado em Património Cultural do ICS, a funcionar no 2ºsemestre do ano letivo de 2018/2019)
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