Durante os meses de
agosto, setembro, outubro e novembro, por todo o território nacional, existem
diversas atividades económicas e culturais relacionadas com aquilo que a
natureza nos dá de melhor, ou seja, tudo o que o homem colhe dela. O tema que
escolhi abordar neste artigo de opinião foi a Festa das Colheitas, que ocorre
todos os anos, no início do mês de outubro, numa pequena vila do norte de
Portugal, Vila Verde, pertencente ao distrito de Braga. Esta iniciativa,
promovida anualmente no concelho de Vila Verde, é considerada o ponto alto da programação
turística-cultural da Rota das Colheitas, sendo esta uma das
festas mais aguardadas pelos habitantes do mesmo, e por todos os emigrantes que
já incluem no seu calendário de férias este evento.
O recinto da Festa das
Colheitas é composto por um conjunto de mostras regionais de todas as áreas
culturais e tradicionais, tais como: artesanato, produtos agrícolas,
gastronomia, queijaria, fumeiro, máquinas agrícolas, produtos vinícolas e os
típicos trajes. O mesmo é composto, também, por um palco de espetáculos, onde decorrem
diversas atuações durante os dias do evento, nomeadamente, o Festival
Folclórico do Concelho, o Encontro de Concertinas e os concertos de um leque
diversificado de artistas populares.
Além dos eventos
referidos, um dos dias mais aguardados é a “Festa do Caurdo”, onde se podem
encontrar diversas variedades do mesmo, confecionado com o recurso a produtos
regionais, produzidos pelos membros dos grupos folclóricos do concelho.
Num dia específico desta
festa, acontece também a Feira Tradicional “Reviver o Passado”. Nesta feira, os
membros dos grupos folclóricos do concelho de Vila Verde estão rigorosamente trajados
a vender os seus produtos regionais, tais como a típica broa de milho, as castanhas,
as maçãs, as nozes, o feijão, as laranjas, e muito mais.
Ao longo destes dias
festivos, são inúmeros os concursos que são propostos aos habitantes
vilaverdenses, nomeadamente o concurso do melhor mel, melhor broa, melhor
marmelada e melhor galo. Estes concursos entusiasmam os habitantes a
trabalharem a terra e a competirem saudavelmente.
As práticas agrícolas
ancestrais e atuais são recriadas na íntegra nas diversas noites da festa, onde
se incluem o “Típico Magusto”, aonde é possível aos participantes comerem
castanhas assadas e beber um magnífico vinho “novo”. Inclui-se também a “Pisa
das Uvas”, a “Desfolhada”, acompanhada com cânticos e brincadeiras, e, por
último e não menos importante, a “Espadelada de Linho”, onde é possível
observar toda a recreação. Estas práticas levam-nos a uma incrível viagem ao
passado das nossas gentes.
Vila Verde tem
feito uma enorme aposta no turismo, para divulgar o concelho no território
nacional e além-fronteiras. Fruto desta aposta, Vila Verde concorreu a dois eventos
classificados como de interesse nacional para o turismo, tendo o mesmo já
apresentado proposta à Entidade Regional de Turismo Porto e Norte de Portugal,
sendo o primeiro evento classificado o concurso ‘Namorar Portugal’.
Considero que a Festa das
Colheitas é uma mais-valia para o concelho de Vila Verde, uma vez que, além de
proporcionar atividades únicas, também divulga o melhor que o Concelho pode
oferecer. Sendo que milhares de pessoas, quer nacionais quer internacionais,
frequentam a Festa das Colheitas. Isto permite estimular o turismo e a economia
local, consequentemente leva o nome de Vila Verde além-fronteiras.
Bárbara Daniela Sousa Costa
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
Bárbara Daniela Sousa Costa
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
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