O
Rock Nordeste existe desde a década de 90, no entanto, no formato que o
conhecemos atualmente, apenas existe desde o ano de 2013, altura em que o atual
Presidente da Câmara Municipal de Vila Real (Rui Santos) assumiu pela primeira
vez o cargo. Rui Santos trouxe consigo a mudança tão esperada no formato, pois
primeiramente o Rock Nordeste baseava-se num concurso de bandas de garagem num recinto
fechado e, francamente, com uma adesão que deixava a desejar. No entanto, o
povo e os apreciadores de rock fizeram-se ouvir e exigiram que o evento se
engrandecesse e tivesse o devido e merecido destaque. Rui Santos e a sua equipa
viram então aqui uma oportunidade de expandir, reformular e melhorar o evento,
fazendo com que, para além do público ficar satisfeito, o nome da cidade fosse
falado e escrito em vários jornais e tabloides a nível regional e nacional.
Assim,
atualmente, o Rock Nordeste é caraterizado por 2 dias de música sem data fixa,
podendo variar entre junho e julho, com artistas alternativos, e não
exclusivamente de rock. O evento decorre ao ar livre, naquele que é considerado
o maior pulmão do centro da cidade, o Parque do Corgo. É um festival de entrada
gratuita, em que a proximidade aos artistas é uma caraterística fulcral e
diferenciadora do festival.
Uma
vez que é gratuito, ocorre em dias quentes, junto ao rio, com relva e
possibilidade de acampar, o festival atrai o público vila-realense mas também
público das cidades nos arredores que veem no Rock Nordeste a possibilidade de
juntar os amigos num festival de verão alternativo, com um ambiente familiar e
acolhedor. Nomes como Capicua, Conan Osiris, Black Mamba, Bonga, Capitão
Fausto, Slow J são exemplos de artistas que já pisaram o palco do Rock
Nordeste. A maior enchente de sempre foi registada no ano passado, 2018, com
cerca de 8000 pessoas a passar pelo recinto.
Face
ao cada vez maior reconhecimento do Rock Nordeste, as unidades hoteleiras da
cidade ficam lotadas nos dias do festival. Há mais movimento nas ruas, mais posts nas redes sociais, mais brindes
madrugada fora, mais convívio, mais música. Como dizia a Dina, “há sempre
música entre nós”, e enquanto assim for a música será sempre um fio invisível
capaz de unir gerações, amigos e colegas de trabalho, será sempre uma boa
oportunidade de descontração e reencontros, será sempre impulsionadora do
turismo local, pois com boa música vivem-se grandes momentos e quando assim é
há tendência para repetir.
As
expectativas de crescimento do evento são elevadas e isso faz pensar até quando
é que este será gratuito e até que ponto este fator pode vir a influenciar a
adesão ao mesmo. No entanto, é sabido pelo público em geral que, uma vez que a
organização está a cabo da CMVR e que os retornos a nível turístico e regional
têm sido avultados, esta não tem interesse, para já, em colocar um preço de
bilheteira para o festival. Resta-nos aguardar o desenrolar das coisas, no
espaço temporal necessário, e averiguar o que é melhor para o público bem como
para a cidade em si.
Ficamos, porém, com a certeza que tal como diz o mote do festival, o Melhor da Música está a Nordeste, e enquanto assim for o Rock Nordeste vai continuar a crescer, a ganhar reconhecimento e a trazer cada vez mais gentes vindas de outros pontos do país a Vila Real. Vila Real ganha música mas ganha também vida. As gentes vindas aproveitam e passeiam, conhecem as tradições e a cultura, conhecem a gastronomia, compram recordações para consigo levar na viagem de regresso a casa. Mas, sem dúvida, que a melhor recordação é a vivência e o ambiente, o cheiro a relva e a rio, o som do palco mas também dos pássaros, o conforto do casaco após uma brisa do rio, os brindes e os amigos.
Ficamos, porém, com a certeza que tal como diz o mote do festival, o Melhor da Música está a Nordeste, e enquanto assim for o Rock Nordeste vai continuar a crescer, a ganhar reconhecimento e a trazer cada vez mais gentes vindas de outros pontos do país a Vila Real. Vila Real ganha música mas ganha também vida. As gentes vindas aproveitam e passeiam, conhecem as tradições e a cultura, conhecem a gastronomia, compram recordações para consigo levar na viagem de regresso a casa. Mas, sem dúvida, que a melhor recordação é a vivência e o ambiente, o cheiro a relva e a rio, o som do palco mas também dos pássaros, o conforto do casaco após uma brisa do rio, os brindes e os amigos.
Que o melhor da música continue a Nordeste e que o melhor da
vida possa sempre ser encontrado em Vila Real.
Inês
Monteiro
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)
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