A cidade minhota de Vila Nova de Famalicão é, hoje, considerada um território frequentemente referido como sendo um dos principais centros culturais, comerciais e industriais do país. Está localizada entre as cidades de Braga, Porto, Guimarães, Trofa e Santo Tirso, permitindo de forma estratégica uma facilidade de acesso a grandes centros urbanos, o que consente assim o reconhecimento em ser um ponto de referência do baixo minho e no alto ave.
Apesar dos censos se terem efetuado há relativamente pouco tempo e dos seus resultados serem, por isso, preliminares, permitem-nos concluir que nos últimos dez anos a população famalicense registou um aumento significativo. Quantitativamente falando, o crescimento da população terá sido em termos reais de aproximadamente 6237 pessoas, o que comprova que Vila Nova de Famalicão foi o município do distrito de Braga a ter um maior crescimento, logo a seguir ao município distrital que, como é compreensível, registou o valor mais elevado. Ao analisar este crescimento, constatei, ainda, que muito provavelmente a população continuará a crescer, uma vez que a seguir à faixa etária entre os 24 e 65 anos, a que assume os valores mais altos, é a faixa etária compreendida entre os 0 e os 14 anos.
Para uma investigação mais cuidadosa, achei interessante comparar o crescimento da população com o nível de instrução e verifiquei que começa a haver uma procura da cidade de indivíduos que possuem um nível académico superior. No entanto, o município ainda é habitado na sua maioria por pessoas que apenas atingiram como nível escolar o ensino básico.
Este crescimento populacional deve-se, na minha opinião, ao desenvolvimento, a todos os níveis, do concelho de Vila Nova de Famalicão, em particularidade neste últimos dez anos, onde tem havido a preocupação de preservar monumentos e património cultural de outros tempos, de trazer à cidade exposições. Importa realçar, que este desenvolvimento se expandiu de forma equitativa entre as 49 freguesias do município, criando entre elas bons acessos e permitindo, deste modo, que todo o concelho fosse reconhecido.
Famalicão enriqueceu-se ao longo do tempo em várias vertentes como a cultura, o desporto e lazer, as novas linhas ferroviárias, melhores condições das vias de acesso às “grandes cidades” que a rodeiam, entre outros. Inovou, renovou e trouxe à cidade uma nova dinâmica de vida.
A cultura está altamente evidenciada, onde locais como a Casa de Camilo Castelo Branco, o Museu Bernardino Machado, a Igreja do Mosteiro de Landim e a Igreja de Santiago de Antes são alvo de muita atração turística. A criação da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão trouxe à cidade a apresentação de muitos projetos artísticos e culturais, e que vem atraindo uma vasta população, desde “miúdos a graúdos”, desde famalicenses a povos oriundos de culturas distintas. Também a Associação Teatro Construção têm contribuído para o desenvolvimento regional, interagindo na prestação de serviços sociais e de educação, na cultura e no desporto garantindo a qualidade e o interesse de todos.
Com a interação da Câmara Municipal, Famalicão, traz animação turístico-cultural através da Feira de Artesanato e Gastronomia, do Festival Internacional de Cinema e Vídeo, do Festival Nacional de Doçaria Conventual e Tradicional, Música na Praça, entre outros.
A nível desportivo, grande parte das freguesias está equipada com recursos de fácil acesso que promovem actividades para os habitantes e que, em parceria com as escolas, consentem movimentos extracurriculares dinâmicos para os mais novos.
A reestruturação das linhas ferroviárias permitiu à cidade um cómodo acesso às principais cidades Portuguesas e Espanholas, sendo o comboio um dos meios de transporte mais utilizados pelos famalicenses.
Teria certamente muitos mais movimentos enriquecedores para analisar, no entanto, por uma questão de limite de páginas, acho pertinente analisar por fim o assunto que na minha opinião leva a que haja uma procura de forma ascendente da cidade. O projeto “Famalicão Finicia – soluções financeiras para pequenas empresas” que tem sido requisitado de forma grandiosa, sendo o resultado deste delineamento bastante positivo.
Tem como principais objectivos fortalecer o tecido empresarial do concelho, estimular o investimento das pequenas e médias empresas e melhorar os produtos e serviços prestados na modernização das instalações e equipamentos. Abrange distintos âmbitos, desde o turismo, ao comércio, à indústria e até à energia. Este projeto, permite não só apoiar as entidades existentes no concelho como fomentar a classe jovem a lançar projetos empreendedores que contribuam para o progresso do município.
De forma conclusiva, penso que consegui demonstrar o que na minha opinião é relevante e justificativo para o aumento populacional.
O financiamento de emprego, a colaboração da Câmara Municipal em prestigiar e honrar o concelho, o ambiente calmo que carateriza a cidade e sobretudo o espaço geográfico que permite um acesso rápido aos grandes centros urbanos facilitando o estabelecimento de trocas comerciais, tornam o concelho cada vez mais reconhecido e procurado pela população portuguesa.
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Regional” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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