Pertencente
ao distrito do Porto, situada na região do Douro-Tâmega, Amarante distingue-se
pela sua história, natureza, cultura e gastronomia. Inicialmente conhecida como
Villa d’Amarante, passou a cidade no ano de 1985.
Amarante
possui inúmeras atrações turísticas, desde o Mosteiro de São Gonçalo, ao Solar
dos Magalhães, passando pelo museu Amadeu de Souza-Cardoso, o qual visa reunir
materiais respeitantes à história local e lembrar artistas e escritores
nascidos em Amarante, tais como: António Carneiro, Amadeo de Souza-Cardoso,
Acácio Lino, Manuel Monterroso, Paulino António Cabral, Teixeira de Pascoaes,
Augusto Casimiro, Alfredo Brochado, Ilídio Sardoeira, Agustina Bessa Luís,
Alexandre Pinheiro Torres. Inclui, também, um observatório de curiosidades à
moda oitocentista.
Fazem
parte da história desta cidade o seu Padroeiro, conhecido por São Gonçalo de Amarante.
Daí, uma das maiores atrações, com o nome de Mosteiro de São Gonçalo, e a sua
memória é festejada na data do seu falecimento (10 de janeiro) e no primeiro
fim de semana de junho, com as festas da cidade. No exterior da Igreja de São
Gonçalo encontra-se uma réplica da "Senhora da Ponte”, imagem também
importante para esta cidade. Um dos acontecimentos mais marcantes foram as segundas
Invasões Francesas, em abril de 1809, nas quais os soldados do General Loison
incendiaram e saquearam Amarante. Mais de duzentos anos depois, são ainda
visíveis alguns vestígios destes factos, nomeadamente no Solar de Magalhães,
nos negativos de projéteis na fachada da igreja de São Gonçalo, nas telas
perfuradas por baionetas da sua sacristia e nas pirâmides danificadas da ponte
de S. Gonçalo.
Na
natureza, Amarante tem o seu destino ligado ao rio Tâmega e às serras do Marão
e da Aboboreira, promovendo assim as atividades ao ar livre e de manutenção
física, como o montanhismo, a canoagem, o parapente, os passeios em guigas
(designação de uma pequena embarcação de fabrico local) e gaivotas, a pesca, a
caça, a natação, o golfe, o campismo, a fruição das praias fluviais e do parque
aquático.
Para
quem viaja à procura de valores culturais, Amarante é um destino obrigatório.
Uma cidade religiosa, na qual a sua história, os seus monumentos e as suas
tradições merecem a visita de peregrinos e turistas.
Outro ponto
a referir é a maravilhosa gastronomia desta cidade. Na doçaria, os famosos
doces conventuais fazem a delícia de muitos, criados pelas freiras clarissas do
convento de Santa Clara, no século XIII. Ainda o bacalhau assado no forno, o
cabrito assado, a carne maronesa e os cogumelos fazem parte da gastronomia
Amarantina, acompanhados do bom vinho verde que se produz na região. A minutos
do Porto e do Douro, temos o premiado restaurante “Largo do Paço”, com 1 Estrela Michelin, que conta com um
ambiente requintado mas acolhedor.
Como
habitante desta requintada cidade, recomendo vivamente a sua visita. Desde a
beleza das margens do rio Tâmega, aos monumentos tão caraterísticos desta cidade.
A sua arquitetura, a religião, a arte, a natureza e a gastronomia devem ser reconhecidos
pelo mundo.
Rita
Moura
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2017/2018)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2017/2018)
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