As
festas “Juninas”, designação que está associada ao mês de Junho, são por certo
as mais conhecidas em todo o mundo. Estas, começaram por ser celebrações pagãs,
que aconteciam durante o solstício de verão, marcando assim o dia mais longo e
a noite mais curta do ano, 21 ou 22 de Junho, no hemisfério Norte. Assim,
diversos povos da Antiguidade (celtas e egípcios), aproveitavam a ocasião para
organizar rituais. Rituais esses em que pediam fartura nas colheitas.
Tais
rituais implicavam danças, cânticos, fogueiras e balões de ar quente (o que vai
um pouco de encontro às celebrações Juninas de carácter cristão, que se
realizam nos dias de hoje). Na Europa, esta celebração de origem pagã foi
reproduzida até por volta do séc. X. Entretanto, a Igreja decidiu dar um caráter
cristão a estas celebrações e instituiu dias de homenagem aos três santos
populares do mês de Junho (Santo António – 13 de Junho, São João – 24 de Junho e
São Pedro – 29 de Junho).
Ao
longo do tempo, estas festividades foram ganhando popularidade e um feitio
próprio em vários países da Europa. Em Portugal, a festas Juninas são
celebradas de Norte a Sul, da mesma forma ou de diferentes formas, (dependendo
das regiões), tendo igualmente a mesma popularidade. Pode-se afirmar que estas
têm uma enorme importância para Portugal, em termos sociais, pois podem ser um
meio de socialização, convívio, de divertimento, uma forma de passar o tempo e
também uma maneira de conhecer o outro.
Mas
antes de explicar a sua importância social, é de salientar que estas também têm
uma grande importância para o desenvolvimento cultural, económico e turístico
para o País. Assim, as festas Juninas são importantes para o aumento do Turismo
em Portugal, tendo em conta que são muitos os visitantes que vêm de vários
países e cidades para conhecer e celebrar estas festividades. Da mesma forma,
estes (visitantes) também vêm para conhecer o nosso país, gastronomia, cultura,
tradições e também o nosso povo, a nossa identidade.
Nestes
dias de festividade, são muitos os aeroportos que estão cheios de turistas e
muitas as empresas de hotelaria e restauração que estão lotadas. Assim sendo,
as unidades hoteleiras, companhias aéreas e transportes públicos já fazem,
propositadamente, preços low cost,
para que estes possam alojar-se e deslocar-se a um baixo custo. Daí resulta que
é significativo o aumento do Turismo em Portugal nestes dias e é, da mesma
forma, notável o aumento do lucro nos hotéis, na restauração, no comércio, nos
transportes públicos, nas companhias aéreas, em Portugal, tendo assim um grande
impacto na economia do País.
Mas
não é só isso que releva. Estas também são igualmente importantes para a
cultura do País, visto que contribuem para o aumento de atividades e eventos e
para a preservação, conservação e também para a divulgação do património
(material e imaterial).
Por
último, estas podem ser igualmente importantes para a compreensão do outro,
para a inclusão social. É uma forma do outro respeitar e admirar as nossas
origens, mas também uma maneira de nos adaptarmos às diferentes nacionalidades,
tendo em conta que a adaptação e a inclusão de ambas as partes contribui para a
união de povos de diferentes nações e para a globalização.
Adriana Carolina
Silva Cardoso
Webgrafia:
(Artigo de opinião
produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de
Desenvolvimento Regional”, do curso de Mestrado em Património Cultural do ICS,
a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2017/2018)
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