Descoberta
em 1420 pelos navegadores portugueses, a Madeira estava totalmente coberta por
extenso e denso arvoredo. Daí deriva o seu nome. A sua floresta distingue-se de
todas outras devido ao seu isolamento e condições ecológicas, ao clima
atlântico e orografia, que permitiram o desenvolvimento e a manutenção de uma
elevada riqueza florestal. Essa floresta chama-se de Laurissilva, floresta
indígena da Madeira, constituída por árvores e arbustos de folhagens
persistente. Esta apresenta uma grande diversidade biológica, com uma elevada
percentagem de espécies exclusivas da Macaronésia e da Madeira.
Laurissilva
ocupa cerca de 20% do território da ilha e localiza-se essencialmente na costa
norte. A Floresta Laurissilva é protegida pela legislação regional, nacional e
internacional, desde 1999, fazendo parte do património mundial natural da
UNESCO em Portugal, devido a representar processos ecológicos e biológicos em
evolução e desenvolvimento de ecossistemas e comunidades de plantas e animais
(IX), e devido a conter os habitats
naturais mais representativos e mais importantes para a conservação da
diversidade biológica (X). Desde 1992, faz parte da Rede de Reservas
Biogenéticas do Conselho da Europa.
As
árvores pertencem em grande parte à família das Lauráceas, o Loureiro, o Vinhático e o Barbusano, o Pau-branco,
o Folhado, o Aderno, o Perado ou o Cedro-da-Madeira. Por debaixo da copa das
grandes árvores, abundam arbustos, como a Urze, a Uveira, o Piorno, o Sanguinho,
o Mocano, encontrando-se ainda um estrato mais baixo, rico em fetos, Musgos,
Líquenes, Hepáticas e outras plantas de pequeno porte. Maciço montanhoso,
carateriza-se pela presença de várias plantas endémicas da Madeira,
perfeitamente adaptadas ao rigoroso clima (grandes amplitudes térmicas e ventos
intensos), como a Violeta-da-Madeira, Urze-rasteira, a Orquídea-da-serra e a Antilídea-da-Madeira.
Julgo necessário apontar a exclusividade destas
espécies e as belas paisagens encontradas nas caminhadas pelas levadas, cuja a
extensão total é cerca de 3 mil quilómetros, na Floresta Laurissilva. Uma visita
à “Perola do Atlântico” vai permitir conhecer um novo tipo de florestas e
muitas novas espécies espetaculares, que só é possível achar na Macaronésia e,
algumas espécies, somente na Ilha da Madeira.
Sergey
Volozhenin
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2017/2018)
(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2017/2018)
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