Portugal
esta a tornar-se cada vez mais num dos países que anda na “boca do mundo”, não
tendo sido por acaso que venceu
o prémio de Melhor Destino Turístico do Mundo em 2017 nos World Travel Awards, que o tornou no primeiro país europeu a
conquistar esta distinção. Portugal apresenta critérios excelentes, como
a sua natureza, o clima, a luz, a água, o mar, a cultura, a história e, por fim,
exibe uma vertente que atrai cada vez mais turista: a sua gastronomia. É aqui
que Portugal conquista o coração dos turistas.
Segundo
um inquérito de 2015, "80% dos
turistas considerava que uma das três coisas que mais os tinha marcado fora a
gastronomia e 50% consideraram a gastronomia portuguesa tinha superado as
expectativas". Quem viaja e procura
Portugal pretende conhecer ou aprofundar os seus conhecimentos sobre os
produtos mas, também, contactar a autenticidade das terras e das populações. Começando no Minho e acabando no Algarve,
Portugal apresenta um leque muito diversificado de receitas. Sendo que
foi com muita sabedoria que se foram fazendo pequenas delícias que hoje constituem
o melhor da gastronomia nacional. Falaremos então de algumas das melhores receitas
e o que de bom e completo têm este país.
A norte do
país, o Minho apresenta-nos as papas de sarrabulho, feitas à base de sangue, carnes de porco e pão ou
farinha de milho. Apesar de para alguns dos turistas ser um pouco estranho o
sangue fazer parte de uma refeição, é principalmente isso que os leva a
experimentar este tradicional prato do Minho. Já para quem se desloca ao
grande Porto, este apresenta dois pratos típicos. Por uma lado, a famosa
francesinha, não sendo mais do que duas fatias de pão de forma, com bife,
salsicha, fiambre, mortadela, queijo, ovo e o molho, que a deixa completamente
irresistível. É esta simplicidade que torna este prato uma das principais
razões que leva tantos visitantes à famosa Invicta. Outro prato
são as tripas à moda do Porto, onde se dá primazia ao estomago da vaca e às
tripas.
Descendo
o território português, temos os torresmos da Beira. Comida muito típica no
inverno, pois é nessa altura que se dão as matanças dos porcos. Estes fazem-se
com carne que tenha gordura, que se vai derretendo lentamente para fazer o
molho e cozer as outras carnes, como o fígado. A acompanhar os torremos,
existe uma iguaria muito apreciada, a morcela (iguaria feita com o sangue do
porco e pão ou arroz), e ainda a farinheira. Ainda na região das beiras temos o
célebre Queijo Serra da Estrela. Composto por poucos ingredientes, é um
alimento completo e complexo na biodiversidade vertida do leite cru e inteiro
das ovelhas da Serra da Estrela. O seu nome está reconhecido como Denominação
de Origem Protegida em todo o espaço Europeu.
Já
no centro do país, temos o leitão à bairrada e a Chanfana, que consiste um
prato à base de carne de cabra velha, cozido dentro de caçoilas de barro preto
em fornos a lenha, mergulhada em vinho tinto. Chegando
a lisboa, a capital apresenta-nos um doce, o pastel de nata, eleito como um das
maravilhas de Portugal.
Já no sul
subsistem ainda os pezinhos de coentrada, as migas, a açorda à alentejana, e a
ameijoa à bulhão pato (perfeita para uma tarde bem passada com
amigos). Por todo o país fazem-se mais dois pratos típicos: o Cozido à Portuguesa,
que mistura
carnes, legumes e enchidos variados, cozidos de forma suculenta; e o belo do
bacalhau, que se encontra presente em muito dos pratos tradicionais. Para
acompanhar cada um deste prato existe um vinho ideal, visto que temos vinhos em
todo o território, e se o Porto tem fama, os tintos de mesa do Douro, do
Alentejo e tantos outros não têm menos distinção.
Posto
isto, o povo
português aprendeu a confecionar verdadeiras pérolas gastronómicas que fazem
hoje parte do nosso património cultural. São realmente estes pequenos tesouros
que tornam Portugal um dos melhores países para visitar!
Ana Rita
Figueiredo Costa
(Artigo
de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de
opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no
2º semestre do ano letivo 2017/2018)
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