segunda-feira, março 11, 2019

Importância do turismo na economia dos países

O Turismo é importante na atividade económica de um país, desde a geração do emprego e de rendimento bem como para a criação de novas oportunidades de negócios e o aumento da produção de bens e serviços no mercado, uma vez que também traz com ela desenvolvimento às localidades e melhorias nas infraestruturas dos países, trazendo benefícios aos turistas, às respetivas populações locais e aos países.
Segundo a (FORBES, 2019), não surpreende o facto do turismo ser um aspeto importante na economia espanhola. Uma pesquisa sobre “Tendências e Políticas para o Turismo da OCDE em 2018” constatou que o turismo representou 11% do PIB da Espanha em 2016. Em Portugal, representou 9,2% do seu PIB, no mesmo ano. Em países como a Alemanha e o Japão, onde a economia está mais voltada para a indústria e o setor de serviços, o impacto do turismo não é tão forte. Representou 3,9% e 1,9% do PIB dos ditos países, respetivamente. Já nos Estados Unidos, contribuiu com 2,7% do PIB em 2016.
Em primeiro lugar, penso que, com a implantação do Turismo nas localidades, é possível estas se desenvolverem, ainda que, basicamente, equipamentos de apoio e infraestrutura, meios de transporte, criação de novos meios de hospedagem, mão-de-obra qualificada, entretenimento, oportunidade de expansão dos empreendimentos, serviços alimentares, tais como bares, lanchonetes, quiosques e restaurantes, melhorias e adequações na saúde pública, saneamento, vias de acesso e segurança, entre outros que os turistas buscam e necessitam, gerem benefícios no bem estar e na qualidade de vida para a própria população local e o país, de modo geral.
Em segundo lugar, digo que é uma pena que muitos países, em especial aqueles que estão em via de desenvolvimento, não utilizarem a atividade turística, ou seja, não explorem esse mecanismo chave que é o Turismo como meio ou fator preponderante quer para proporcionar o crescimento económico dos países quer seja para o desenvolvimento das localidades.
Em terceiro lugar, nota-se que alguns países desenvolvidos não criam formas de Turismo, ou seja, não potencializam esse setor de atividade, preferindo manterem-se apegados ao passado. Acredito que o Turismo deve acompanhar a evolução do mundo, quer seja em termos tecnológicos ou em termos culturais e não simplesmente limitar-se ao passado. É bem verdade que os Turistas procuram diversidades, mas uma forma de atraí-los é também criar um marketing público de qualidade, a fim de convencê-los a procurar conhecer mais sobre o Turismo num determinado país.
Os dados acima publicados pela FORBES demonstram claramente que a atividade turística pode contribuir para o desenvolvimento económico, social, cultural e ambiental de qualquer país, mas o grande problema está em como os países potencializam esse setor de atividade.
Todavia, é notória a importância de um planeamento estratégico para o setor. A administração pública e a iniciativa privada devem trabalhar em conjunto e se organizar para criar mecanismos para potencializar o crescimento deste sector de atividade e assim, juntos, promoverem políticas de fomento do desenvolvimento sustentável e crescimento económico de qualquer país.
A construção de um planeamento estratégico para o turismo nacional, regional e ou local de qualquer país deve ser prioridade para todos os envolvidos na atividade: poder público, iniciativa privada, turismólogos, organizações, associações, comunidade local e as populações, em geral.
Reforço que para estabelecer uma atividade turística sustentável, de qualidade, potente e atraente para todos é necessária a integração e cooperação de todos, porque até mesmo a educação de uma população expressa em termos comportamentais é um fator preponderante aquando da escolha do local para o Turismo. Nenhum Turista quer efetuar a sua atividade num local ou país em que o índice de criminalidade é muito elevado. Em suma, o Turismo vai muito além daquilo que muitos países têm oferecido e, por consequência, perdem muito em termos de crescimento económico.

Lumpini Daniel Kiewuzowa

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)

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