sexta-feira, março 15, 2019

NOITE BRANCA, EM GUIMARÃES

A escolha deste tema em particular surge do facto de, como vimaranense, ver este tipo de atividades como atividades potencializadoras do território e como influenciadoras da dinâmica da cidade. Por esse motivo optei por explorar mais um bocadinho e fundamentar desta forma a minha opinião acerca deste evento em específico, que acontece em Guimarães de há uns anos para cá!
Esta, surgiu em 2012, ano em que Guimarães foi Capital Europeia da Cultura, e tem acontecido todos os anos desde então dado o entusiasmo com que foi recebido e a adesão à mesma. Este é um evento cultural e artístico para todas as idades.
Nesta noite é pedido que toda a gente se vista a rigor, isto é, usando branco, criando um ambiente único. Existem vários palcos espalhados por diversos pontos emblemáticos da cidade e cada um deles oferece aos visitantes um estilo de música diferente, sendo por isso um evento bastante diversificado, que oferece música para todos os gostos! Os pontos emblemáticos onde se encontram estes palcos são o Largo João Franco, Praça de Santiago, Largo de Donães, a Plataforma das Artes e da Criatividade, a Rua de Santo António e, ainda, um autocarro, o famoso Trio Elétrico, que desce desde o Largo da Mumadona até ao Largo do Toural (onde depois permanece), que se tornam autênticas pistas de dança a céu aberto. Alguns locais foram alterando ao longo das edições, como é o caso do Largo Donães, uma das novas praças da cidade.
O evento acontece normalmente em inícios de julho e este ano, 2019, irá realizar-se a 6 de julho, começando às 20h e terminando às 03h (como já vem a acontecer). Este evento é ainda de entrada livre, não havendo qualquer custo e, como já referido, pessoas de todas as idades podem então usufruir da animação nos vários palcos disponíveis. Para além dos diversos palcos, existem ainda várias animações de rua e o comércio local associa-se ao evento. Existem ainda vários museus e espaços culturais que se associam ao mesmo, dando ao público a oportunidade de conhecer os mesmos numa perspetiva noturna. Um dos exemplos de espaços culturais que normalmente se associam à Noite Branca é o Centro Internacional das Artes José de Guimarães, que se situa na Plataforma das Artes e da Criatividade.
Este evento atrai milhares de pessoas todos os anos, sendo estas maioritariamente Vimaranenses e pessoas de concelhos vizinhos, mas atrai ainda várias pessoas de todo o país e de todo o mundo (uma vez que se realiza em época alta), que saem à rua para desfrutar desta noite única em Guimarães.
É, na minha opinião, um evento bastante beneficiador em termos económicos uma vez que neste dia há uma maior adesão a bares, cafés e restaurantes da cidade, sendo estes dos maiores beneficiadores do mesmo. Como este, existem outros eventos do mesmo género que ocorrem essencialmente no período dos três meses de verão pela cidade, que servem como dinamizadores, mostrando Guimarães como sendo uma cidade moderna, jovem, ativa, inovadora e apelativa a “miúdos e graúdos”, uma vez que tem uma oferta de atividades para todos os gostos e idades. De certa forma, o evento serve também como forma de divulgar o território uma vez que como são eventos de grande escala e, por isso, com grande visibilidade. Chamam a atenção para a cidade, não só nestes dias como em vários outros.
Nesta medida, eventos como a Noite Branca potenciam então, a meu ver, uma maior visibilidade ao território como forma de o tornar mais apelativo, com o objetivo de atrair mais pessoas a visitarem a cidade, sendo uma das medidas que mostram o crescimento e o desenvolvimento da cidade, tornando-a cada vez mais procurada e visitada.
De notar que este evento não é caraterístico de Guimarães, na medida em que surgiu primeiramente em Paris, França, e ao longo dos anos foi-se realizando em várias cidades do mundo. Em Portugal, realiza-se apenas em Guimarães, Braga e Guarda.

Maria Inês M. Fernandes

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “economia e Política Regional”, do curso de Mestrado em Geografia do ICS, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)

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