quarta-feira, março 27, 2019

´Rock in Rua` – Arco de Baúlhe como Capital do Rock das Terras de Basto

A festa em honra de Nossa Senhora dos Remédios é uma romaria na vila do Arco de Baúlhe, concelho de Cabeceiras de Basto, já com mais de 300 anos, segundo informação constante no Correio do Minho. É toda uma tradição popular que se veio a transmitir de gerações em gerações, podendo considerar-se verdadeiro património do local. De há uns anos para cá, em 2010, surgiu pela primeira vez o ´Rock in Rua`. A tentativa de criar um festival rock na região, algo que até então era quase inexistente, acabou por culminar numa prova de sucesso e afirmação de uma localidade como “marca”.
O ´Rock in Rua` assinala o início da romaria de Nossa Senhora dos Remédios, antecedendo-lhe. Uma decisão astuta, tendo em conta, segundo a TVI24, numa notícia de 2015, “…a ´mentalidade rockeira` do Arco de Baúlhe…” aliando-se à festa da terra, que é o momento do ano mais movimentado e contribui, em simultâneo, para o seu enriquecimento, criando uma relação de mutualismo.
O festival localiza-se num espaço central e icónico da vila, a Rua do Arco de Baúlhe. No entanto, esse mesmo espaço faz parte do misticismo do seu nome e inclusive da sua atmosfera. O “bairrismo” presente nas pessoas é um dos fatores que mais tem proporcionado uma evolução sustentável do evento. Essa mesma caraterística consegue misturar-se com a “hospitalidade” do seu ambiente, proporcionando um festival acolhedor. De acordo com Tiago Teixeira, numa entrevista à Antena 3, em 2017, a iniciativa começou como algo muito pequeno, apenas para juntar “o pessoal” do costume numa noite diferente e suscitando o convívio entre as pessoas, mas com o passar dos anos perceberam que o festival estava a começar a ter uma boa adesão e a criar um público verdadeiramente interessado.
Conforme a TVI24 em 2015, “O ‘Rock in Rua` foi crescendo, nestas seis edições deu pulos gigantes e já passaram por aqui bandas como Ena Pá 2000, Mata Ratos, Capitão Fantasma e The Dixie Boys’, destacou o responsável sem conseguir esconder o entusiasmo por este ano os The Parkinsons se deslocarem ao Arco para agitar as mais de mil pessoas esperadas”. Entretanto, já se passaram mais 3 anos e o festival continuou a crescer, acrescentando ao seu currículo outros nomes como Paus, Fugly, Peste e Sida, Bed Legs e Bizarra Locomotiva. O evento desenvolve-se também a nível de público, levando principalmente pessoas de outras zonas: Fafe, Guimarães, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Vieira do Minho, entre outras. Tudo isto, por muito que seja só uma noite, acaba por trazer movimento ao comércio da zona. Desde bares, cafés, restaurantes, tudo enche nesta que é a noite do Rock.
É de salientar que desde há quase 10 anos (falando em termos gerais e a nível quase distrital), o Arco de Baúlhe, para muitos, era apenas um local de passagem e pouco mais, e, desde então, todo o processo de dinamização da localidade culminou no que é hoje a imagem de marca de uma Terra para as novas gerações. Contudo, tem de se olhar em proporcionalidade para a realidade existente neste panorama: o Arco de Baúlhe é uma das vilas do Concelho de Cabeceiras de Basto, e não é a maior. Quando se fala em crescimento, devem-se avaliar os dados na sua globalidade, desde logo fatores como visibilidade e adesão, e não é fácil para um local situado numa freguesia com 2048 habitantes (dados relativos aos sensos de 2011) receber num dos seus espaços mais de metade desse número, para fazer correspondência a um evento. É através desses números que se consegue apreciar, com precisão, o percurso do ´Rock in Rua`.
Apesar de ser um festival de uma só noite, é um evento que continua a evoluir, com previsões de ser alargado em duração. Ainda assim, apesar de a Rua do Arco ser o seu espaço icónico, o ´Rock in Rua` precisa de respirar e precisa de crescer. Mais cedo ou mais tarde, o Festival vai precisar de mais espaço para o seu público, acreditando-se que a mística não vai desvanecer, até porque o bairrismo irá, certamente, estar presente.

João Manuel Miranda

Bibliografia:
Antena 3 (2017). Rock in Rua: Arco de Baúlhe Veste-se de Rock. [Em linha]. Disponível em http://media.rtp.pt/antena3/ler/rock-in-rua-arco-de-baulhe-veste-se-de-rock/. [consultado em 26/03/2019].
Correio do Minho (2018). 300 anos da Romaria em Honra de Nª Srª dos Remédios do Arco de Baúlhe. [Em linha]. Disponível em https://correiodominho.pt/noticias/300-anos-da-romaria-em-honra-de-n-sr-dos-remdios-do-arco-de-balhe/110356. [consultado em 25/03/2019].
TVI24 (2015). "Rock in Rua" de volta a Cabeceiras de Basto. [Em linha]. Disponível em https://tvi24.iol.pt/musica/arco-de-baulhe/rock-in-rua-de-volta-a-cabeceiras-de-basto. [consultado em 26/03/2019].

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, do curso de Mestrado em Património Cultural do ICS, a funcionar no 2ºsemestre do ano letivo de 2018/2019)

domingo, março 24, 2019

Fábrica Confiança – Saboaria e Perfumaria Confiança

A Fábrica Confiança foi fundada em 1894, por Rosalvo da Silva Almeida e Manuel dos Santos Pereira, com o nome de “Silva Almeida & C.ª”, na Rua Nova de Santa Cruz, em Braga. Em 1921, o nome da fábrica foi alterado para “Saboaria e Perfumaria Confiança”(SPC). Nessa altura, a fábrica cresce em termos de produção e, por conseguinte, é realizado um projeto de construção para aumentar as instalações, que acabaria por ser posto em prática. Este edifício é o único que marca a industrialização de Braga daquela altura e, por isso, é património. A inauguração da fábrica causou um grande impacto e interesse perante os cidadãos bracarenses: era algo novo, diferente, requintado e com grandes produtos que seduziram a sociedade de Braga.
Hoje em dia a SPC é vista, por grande parte dos bracarenses, apenas como um edíficio abandonado, por falta de informação sobre a sua história e a importância que teve e tem para a cidade de Braga. O edifício é considerado como sendo a única representação do património industrial do início do século XX.
Inicialmente, a fábrica teria sido comprada para preservar a sua memória e, eventualmente, para ser utilizada como um espaço onde pudesse haver atividades culturais, tais como exposições, museu da fábrica, etc. Em 2012, Ricardo Rio, atual Presidente da Câmara e na altura membro da oposição, defendeu a compra da fábrica com a argumentação de fazer daquele espaço um local de cultura. Atualmente, a Câmara pretende vender a Fábrica a privados, o que gerou muita revolta no seio da população. De facto, para quem vê a fábrica como algo tão significativo e que se preocupa com o seu futuro, acaba por ser uma grande desilusão.  A Câmara Municipal de Braga não tem meios para a reabilitação da fábrica. Por essa razão, a alternativa da Câmara Municipal é a venda do imóvel “para que o investimento privado possa concretizar o que os poderes públicos não conseguem” (Presidente JSD). Contudo, não conservar o edifício e manter o mesmo no estado em que está atualmente irá causar uma degradação mais rápida e, no futuro, será mais complicado para uma possível reabilitação.
Passemos então para o que seria o mais indicado para a fábrica. Vários rumores indicam que o edifício será uma residência, mas será isso o melhor? Será que a construção de uma residência será o que este edifício merece, sendo tão importante para a cidade de Braga? O futuro da fábrica deveria ser algo que marcasse os bracarenses tal como marcou a cidade, desde a sua abertura até aos dias de hoje, seja por boas ou más razões. Se o edifício se tornasse num centro para realizar atividades culturais, seria uma bela homenagem para a fábrica, inclusive para quem trabalhou na mesma. Possivelmente, essas pessoas estão destroçadas ao ver que a grande Fábrica Confiança pode ser de alguma forma destruída.
Como refere Miguel Corais, a ideia de fazer do edifício um centro comercial também seria uma opção, no entanto, com a existência do Braga Parque, situado tão perto, não faz sentido. Na minha opinião, o edifício deveria ser utilizado de forma mais inteligente. Fazer do imóvel um museu sobre a industrialização de Braga, por exemplo, é uma forma de homenagear a fábrica e chamaria muita gente à cidade.
Os grupos culturais da Universidade do Minho não têm instalações com boas condições para os seus ensaios. Posto isto, uma sede para os nossos grupos poderia fazer parte do projeto. Acrescento que também poderia ser apenas um centro para eventos culturais, onde aconteceriam espetáculos, exposições, programas educativos, etc.
Existe a necessidade de resolver aquele caso, com alguma urgência, para a cidade, mas também para os habitantes daquela localidade. A sua reestruturação é de interesse comum e assenta em vários projetos e outros conceitos, que podem transformar e assim valorizar aquele espaço, que é considerado património industrial. Pelos estudos e avaliações já efectuadas, existem boas perspectivas de investimento, essencialmente provindas do sector privado. A venda do prédio e o seu consequente futuro será uma mais-valia para a cidade de Braga, esperando que seja no âmbito de um ajustado reaproveitamento de um espaço cheio de história da economia local e marca do início da industrialização da Cidade.

Patrícia Fernandes

Bibliografia
1.       CARREIRA COELHO, Nuno Miguel. Tese Doutoramento: O Design de Embalagem Em Portugal no Século XX – Do Funcional ao Simbólico – O Estudo de Caso da Saboaria e Perfumaria Confiança. Universidade de Coimbra, Junho 2013.
2.       PEREIRA, António Pedro – Fábrica Confiança: a Venda Que Está a Agitar Braga. 2018. [online]  Diário do Minho. Disponível em: <https://www.dn.pt/edicao-do-dia/19-set-2018/interior/fabrica-confianca-a-venda-que-esta-a-agitar-braga-9871346.html>
3.       PEREIRA, António Pedro – Braga. Alienação da Confiança Aprovada com 5-4 a Favor de Ricardo Rio. 2018. online]  Diário do Minho. Disponível em: <https://www.dn.pt/pais/interior/braga-alienacao-da-confianca-aprovada-com-5-4-a-favor-de-ricardo-rio-9874934.html>

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, do curso de Mestrado em Património Cultural do ICS, a funcionar no 2ºsemestre do ano letivo de 2018/2019)

sábado, março 23, 2019

"O Impacte Económico e Sociocultural do Festival MEO Sudoeste no Concelho de Odemira": Prefácio


«Nas últimas três décadas, com o propósito assumido de se promoverem interna e internacionalmente e de captarem visitantes e capitais, muitas cidades, sobretudo capitais nacionais e outras grandes cidades, têm vindo a candidatar-se ao acolhimento e organização de grandes eventos, incluindo megaeventos. Fala-se de megaeventos quando estamos perante eventos que têm uma duração relativamente alargada no tempo, que pode ir até um ano, que mobilizam grandes meios (e.g., humanos e financeiros), que têm grande visibilidade internacional e mobilização dos media internacionais na sua cobertura, e que atraem grande número de participantes ou visitantes. Tendem, também, a propiciar a captação, direta ou indiretamente, de investimentos, materializados em equipamentos ou serviços associados à manifestação, em concreto, ou aos efeitos dela derivados, nomeadamente, em termos de dinamização socioeconómica do território que recebe este tipo de evento.
Em Portugal, Lisboa, em particular, tem seguido esta estratégia, acolhendo quer megaeventos, propriamente ditos (Capital Europeia da Cultura, 1994; Exposição Mundial, 1998; Campeonato Europeu de Futebol, 2004) quer outras grandes manifestações socioeconómicas, desportivas e culturais, de que são exemplo, desde logo, respetivamente, a Web Summit, organizada anualmente desde há três anos, e que aí permanecerá sedeada por mais dez, uma etapa da Volvo Ocean Race acolhida num passado recente, e vários festivais musicais, com destaque para o Rock in Rio que aí vem decorrendo periodicamente desde há largos anos.
Outras cidades portuguesas têm procurado seguir esse exemplo, como é o caso do Porto (Capital Europeia da Cultura, 2000; Red Bull Air Races), Guimarães (Capital Europeia da Cultura, 2012; Cidade Europeia do Desporto, 2013), Braga (Capital Europeia da Juventude, 2012; Capital Ibero-Americana da Juventude 2016; Cidade Europeia do Desporto, 2018). Noutra escala, ao longo das últimas décadas ou apenas nos últimos anos, Vilar de Mouros (Caminha), Paredes de Coura, Zambujeira do Mar (Odemira), Sines e Barcelos, entre outros lugares do território nacional, têm também ganho visibilidade e atraído atenção e visitantes, portugueses mas igualmente estrangeiros, tomando por suporte os festivais musicais de verão que organizam e/ou organizaram no passado.

[...]

Atentos ao completo e rigoroso estudo empírico realizado por uma equipa de investigadores do Instituto Politécnico de Beja, o festival musical Meo Sudoeste é bem o exemplo de um evento cuja continuidade merece ser ponderada (referimo-nos à dimensão de apoio público à sua organização já que a componente de negócio interessará sobretudo ao seu promotor privado). Como resulta sublinhado por alguns dos atores entrevistados no quadro desse estudo, a defesa da sua continuidade reclama, pelo menos, algum tipo de mudança de formato para o integrar melhor no território.

Braga, 5 de novembro de 2018.

J. Cadima Ribeiro
Professor Catedrático do Departamento de Economia, da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho; Investigador do NIPE – Núcleo de Investigação em Políticas Económicas e Empresariais

Paula Remoaldo
Professora Catedrática do Departamento de Geografia da Universidade do Minho; Diretora do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território»


(excertos de Prefácio” do livro O Impacte Económico e Sociocultural do Festival MEO Sudoeste no Concelho de Odemira, Sandra Saúde, Sandra Lopes, Carlos Borralho e Isidro féria (Eds.), Silabas & Desafios, Faro, 2019, pp. 11-19)

quarta-feira, março 20, 2019

Marsala Holy Thursday Procession

The theme of my work is based on a historical event that takes place in the city of Marsala. It represents one of the most important Italian holidays also known abroad: the Marsala Holy Thursday Procession.
Since 2013, Sacred Representation of the Passion of the Lord of Marsala, by the will of the Bishop of the Diocese of Mazara del Vallo, Domenico Mogavero, is a living representation of the passion and death of Jesus Christ. It is one of the oldest processions in Italy. The procession of Holy Thursday in Marsala dates back to the first half of the seventeenth century, and has its genesis in the sacred representations that, since the Middle Ages, were presented through comedies, poetic compositions or figurative and symbolic processions, mute and spoken. The procession is organized by the Sant'Anna brotherhood.
The XVII volume of the "Library of Sicilian Popular Traditions", by Giuseppe Pitrè [1] (1841-1916), contains numerous quotations and some excerpts from the letter with which Salvatore Struppa, the first municipal librarian of the city, communicated to Pitrè, on February 23, 1877, on the sacred representations of Marsala, and in particular on the Procession of Holy Thursday. From this source, we learn that, under the guidance of the Jesuit fathers, the young students of the college, for the first time in 1620, represented the Tragedy of Saint Simon and that, in 1635, the recitation of the Passion of Jesus Christ began in some churches and City brotherhoods.
"The brotherhood of Sant'Anna, dedicated since the seventeenth century to spiritual exercises and the most rigorous penance, had to visit, dressed in sacking, the churches of the cities in the evening hours of Holy Thursday. A bishop of Marsala, Spinola, having become a member of that society as well, he wanted, after a papal disposition, to wear all the brothers in that visit and in other public appearances, in the process of time, that is, in the last century (XVIII), to the bishop's habit the brotherhood added a uniform wax mask and a shield carried by hand, where the head of one of the evangelical characters who painted or witnessed the death of the Christ was painted. This was called the Mysteries. procession, as it does however in which the passion of Jesus was represented, with characters dressed in the costume of the epoch. Today the procession is divided into eight groups that recognize their center in the pers of the one and only masked Christ”. They are composed as follows:
1.                 A red banner with the initial notes S.P.Q.R. Many characters dressed in a closed hood, a white sack and a mozzetta, each carrying a glove box covered with a silk handkerchief with the taste of food, such as lemons, oranges, green beans, wine, sweets, bread, lettuces: in the previous part of the handkerchief an evangelical motto must be written such as cenaculum magnum, ex hoc omnes drinks, accepit panem, accipiens calicem, caenantibus autem etc. and Christ dressed in the Nazarene who blesses the bread.
2.                 The apostles, including Judas, with the thirty pieces of silver in the bag; Christ captured and bound; many soldiers cum fustibus et lanternino; one who carries Malco's hand; an angel holding a chalice and a cross.
3.                 Christ and Herod with all his court.
4.                 Christ and Caifasso, St. Peter, the maid, one who carries the rooster.
5.                 Christ dressed in the white chlamys.
6.                 Christ "Ecce Homo", Pilate, praetorians and villains armed with scourges, a centurion on horseback; one who carries a mug with the words "lavavit manu", another the column with "flagellavit eum", another one the crown of thorns with "posuerunt super caput eius", and another one that cruelly insists on pulling the rope that binds the hands to the Christ etc.
7.                 Christ carrying the Cross on his shoulders, helped by the Cyrene, is carried away by a manigold; a girl, the Veronica, who carries a white veil in her hand, where the effigy of Christ is, from which occasionally she goes to dry her face
8.                 Finally a repentant and weeping centurion on horseback, Jews carrying ladders with the words "ascendens eum scala", an inkwell with "scripsit titulum", nails, dice, the sacred shroud, ointment jars, hammers, Disma and Cisma paintings, raised on the cross, and the figure also painted of the Crucified Christ; then he follows Joseph of Arimathea, Nicodemus, John, many little boys and girls dressed in the Jewish style who weep next to the body of Jesus deposed and brought by them, and the statue of Mary of Sorrows who defines the procession.
In times not far from us, the Christs were all priests and the other characters were supported by the nobles and the bourgeois of Marsala; then with the passage of time, the procession fell into the hands of the workers and peasants and very often, in the resting stages, inside the sacristy of some church, Cristi and manigoldi were seen coming to the grips and taking well cooked good and cavar of pocket the knife and beat the desperate; now (1875) however that the Catholic fervor is revived in the masses, the priests reverted to the habit of supporting the part of Christ in that procession, which, coming out of the Church of Sant'Anna in the afternoon hours of Holy Thursday, passes through the streets primary of the country, enters and visits almost all the churches and retires late there from where he made the moves.
Many years ago, the characters represented their part very much; they indulged in gesticulations, scenes and actions that were forbidden by an archpriest Morana, because they were very horrible and caused delusions, fainting, disruptions and religious excesses. Now, the procession goes on quietly, and less the fall of Christ with the cross on his shoulders inside the Church of St. Peter, the Veronica that dries the blood of the face of Christ and Pilate than with the right index, armed with a huge ring, points to "Ecce Homo", no further action should be taken". Today, the day of the procession is one of the days that brings together all the people of the country and attracts many tourists.
I thinks it is the fulcrum of an idea based on belief on something that people change the way they think and see religion over time. Every year, thanks to this event, Marsala notes a growth of tourists for the day of the procession.
I think it is a source of pride that these traditions still exist today and that people can admire and
, above all, not forget those that are the dawn of our culture.
I think it is an opportunity to honor our traditions and, beyond faith in the religious sphere, it is a way to pass on to the little ones and to remind the greatest important values. Beyond the religious factor, I find it a good opportunity for economic and tourist growth for the city of Marsala.



Marzia Gentile

Bibliografia
Wikipedia.

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)

THE “SIREN FESTIVAL”, IN VASTO

The decision to focus on this particular event stems from the fact that, in the last four years, it has become the hub of the tourist attraction of my city, Vasto. A unique setting, a historic city overlooking the sea that, thanks to its enviable position, over the years has established itself as one of the most fascinating places in central Italy.
The Siren Festival is one of the biggest summer events, which takes place exclusively in Vasto and in no other Italian city. It makes the city heated and alive during the last weekend of July, involving tourists of all ages, as it provides a series of events and activities held 24 hours a day; such as animations on the beach, art and film exhibitions in the historic center and concerts and DJ sets during the night, which make all tourists and Vasto habitants participate, from the youngest to the oldest. The greatest peculiarity is that it hosts artists from all over the world, capturing the attention of many young Europeans who decide to spend a small part of their summer in the village of Vasto, discovering every historical feature and spending four days of fun, light-heartedness and relaxation, as of course the season calls.
What makes this event unique is its atmosphere: makes the city radiant and gives it a different light, which was not perceived for years. This festival, the Siren, from year to year, is widening its limits to a greater extent, distributing over 6 stages, 30 live and dj-sets in every alley in the historic center and then down to the Marina di Vasto. For us, inhabitants Vastesi, was a miracle, as in recent times our city had been labeled as a "city of dead tourism" and mainly concentrated on a high age group, which did not involve young people and did not hold any kind of event that could attract them; this aroused the displeasure of every citizen who did not see the beauty and tourist opportunities that his country offers enhanced. I think that it was Siren, a festival of a certain caliber, which made the city flourish and give it its right tourist value. I think that was exactly what was needed.
Then, for four years now, Vasto, with its beaches, the characteristic alleys of the center and the squares overlooking the sea like terraces, is the stage that hosts the Siren Festival every year.

Antonella Stivaletta

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)

terça-feira, março 19, 2019

Moda, Cerâmica e o Saudosismo Português

           Este ano, na semana da moda de Milão, aconteceu algo inédito para esta área criativa em Portugal: Alexandra Moura integrou o calendário oficial, sendo esta a primeira vez que uma designer nacional fez parte do programa. O que torna esta coleção tão especial é a inspiração da criadora no bestiário de Rosa Ramalho e na própria figura feminina de ruralidade minhota.
          “Quis encontrar algo muito nosso e um bocadinho ancestral. A Rosa Ramalho, apesar de ter tido o seu auge nos anos 50, morreu nos anos 70. Foi nas minhas pesquisas que a descobri. Era uma senhora com uma capacidade incrível de visualização. Era completamente à frente do seu tempo. Tinha um sentido estético incrível”, comentou a designer ao explicar o conceito da sua coleção.
          Na coleção outono/inervo 2019/20, podemos ver o lado romântico e rural, e a vertente mais urbana e futurista. Os materiais utilizados foram pensados para representar esta dualidade, ruralidade e futurismo. Os xadrezes e jacquards são usados para que sejamos remetidos para o panorama ancestral e o jersey metalizado pintado por cima e os tules estampados remetem para o lado futurista.
          Alexandra Moura encontrou ainda outras formas mais literais de transmitir as mensagens de Rosa Ramalho com estampas das criaturas do imaginário da ceramista e frases da mesma. «Não é sonho nenhum», foi a resposta que Rosa deu, nos anos 70, quando lhe perguntaram se via as criaturas que representava nos seus sonhos. A frase estampa-se em algumas peças da coleção. Os próprios costumes de Rosa Ramalho tiveram lugar na passerelle, nos lenços à volta da cabeça que esta usava e nos casacos com folhos amarelos, por exemplo.
          Nas imagens abaixo podemos ver algumas peças da coleção, sendo elas um lenço de cabeça em jersey metalizado, como referência às mulheres minhotas que viviam na ruralidade, tal como Rosa Ramalho, as sapatilhas estampadas com a frase da ceramista, e podemos também fazer um paralelismo entre a maquilhagem dos modelos e as pinturas das esculturas.









          Assim, Alexandra Moura dá a conhecer ao mundo não só a ceramista Minhota Rosa Ramalho, a sua arte e o Minho. mas também o sentimento português, que é o saudosismo.
          O que Alexandra Moura carrega, consciente ou inconscientemente, na sua coleção, é um sentimento que faz parte da identidade portuguesa. Segundo Teixeira de Pascoaes, pela saudade, o que foi volta a ser, e o que há-de ser já existe. É o resgate do passado que implica a fidelidade à identidade portuguesa que foi defendida e promovida pela estilista.

Bárbara Rafaela Peixoto

Bibliografia:
PAES, MARGARIDA BRITO (2019). Alexandra Moura Encerrou a Semana de Moda em Milão ao Som do Minho. Retirado em Fevereiro, 27, 2019 de https://www.elle.pt/moda/alexandra-moura-milao/.
MATOS, PAULO (2019). Alexandra Moura: outono/inverno 2019. Retirado em Março, 15, 2019 de https://www.vogue.pt/alexandra-moura-outono-inverno-2019.
MOURA, CATARINA LAMELAS (2019). Não é um sonho, é o bestiário de Rosa Ramalho na passerelle de Alexandra Moura. Retirado em Fevereiro, 27, 2019 de https://www.publico.pt/2019/02/25/culto/noticia/alexandra-moura-milao-1863332.

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, do curso de Mestrado em Património Cultural do ICS, a funcionar no 2ºsemestre do ano letivo de 2018/2019)

segunda-feira, março 18, 2019

Turismo de Natureza: o caso do Parque Nacional Peneda-Gerês

O turismo de natureza consiste numa vertente do turismo mais ligada e com base na natureza de um certo local. Este tipo de turismo assenta na observação e na prática de atividades turísticas em contacto com a natureza. Segundo o ICNF (Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas), cerca de 21% do território nacional é formado por áreas com forte valor natural, paisagístico e de biodiversidade. Perante isto, podemos constatar que o turismo de natureza em Portugal tem uma quantidade de território considerável que permite o seu crescimento.
Apesar de o território português apresentar um valor significativo de áreas com grande valor natural, e apesar de existirem vários parques naturais, como é o caso do Montesinho e Douro, e de reservas naturais, como, por exemplo, o Estuário do Tejo e as Berlengas, o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) apresenta-se, a nível nacional, como um local com grande potencial para ser estudado nesta vertente do turismo natural, por toda a preservação de espécies e de paisagem que se materializa nesta tão vasta área, que abrange vários concelhos do Norte de Portugal. Para além disso, o PNPG é a única área protegida com o estatuto de Parque Nacional em Portugal. Não podemos, porém, esquecer que também as ilhas dos Açores e da Madeira têm um grande potencial para o desenvolvimento deste tipo de turismo, por todas as suas caraterísticas peculiares de natureza geológica e de biodiversidade, que constituem um cenário brilhante.
Vamos assistindo, nos últimos anos, ao aumento do número de agentes que têm reconhecimento para a prática de Atividades de Turismo de Natureza. Em 2015, e segundo o Registo Nacional de Agentes de Animação Turística, seriam cerca de 500 agentes. Tem aumentado também, segundo estatísticas do ICNF, o número de visitantes a Áreas Protegidas em Portugal, porém, contrariamente a estes dados, verificamos que no caso do PNPG as visitas guiadas têm vindo a diminuir de ano para ano, aparecendo maior procura em anos anteriores. Não faz sentido, portanto, que a área protegida de maior classificação em Portugal esteja em aparente declínio no que diz respeito à sua aproveitação na vertente do turismo. O PNPG, oferece, realmente, uma paisagem sensacional, vários trilhos onde se pode ter a sorte (ou o azar) de se encontrar animais selvagens, e até várias cascatas onde se pode refrescar nos tempos mais quentes. Portanto, o que falha nesta área para que a procura pelo turismo de natureza acompanhado esteja a diminuir?
Penso que para que este desenvolvimento ocorra, as instituições que governam esta área têm de delinear novas estratégias para aumentar o interesse do turista naquilo que o PNPG tem para oferecer. No meu ponto de vista, deveria haver um aperfeiçoamento nos serviços turísticos que servem de apoio ao visitante. Por exemplo, a nível de sinalização, penso que deveria haver uma melhor sinalização nos percursos pedestres, que por vezes se encontram pobremente sinalizados e que fazem com que as pessoas se percam neles. É de notar também que estes percursos precisam de constante limpeza para que a passagem por eles seja realizável. Deveria também existir um melhoramento a nível dos serviços de transporte, que se apresentam escassos nesta área, bem como nos postos de informação do PNPG. Seria também de interesse para o aumento de turismo nesta área uma maior oferta de restaurantes e hotéis ou de outros serviços de apoio ao turista, com um maior alargamento do horário de funcionamento destes. Penso também que, no caso do PNPG, a oferta de atividades de ocupação dos tempos livres dos turistas não é muito alargada. Além disso, deveriam ser mais bem aproveitados os recursos como, por exemplo, os rios, onde poderia existir um maior aproveitamento dos desportos aquáticos.
Para que este desenvolvimento ocorra é essencial que haja, por parte das organizações competentes, estratégias traçadas a nível económico, social, cultural e natural. Se estes níveis estiverem interligados irá então resultar um bom aproveitamento do Turismo de Natureza nesta área, que beneficiará tanto os turistas como o próprio PNPG, e também as aldeias desta área, que cada vez têm menos habitantes.
Por último, é importante mencionar que todo este desenvolvimento tem que ser regrado e devidamente controlado, pois se este se tornar num turismo massificado podem surgir problemas em relação à preservação da paisagem e das caraterísticas locais, devido à degradação da natureza. Por isso mesmo, é importante que nestas estratégias de desenvolvimento estejam também presentes estratégias para a preservação da natureza, talvez por via de um maior controle e de uma maior fiscalização, para que as gerações futuras possam ainda ver o que de melhor a natureza nos dá.

Tiago Dinis Cruz Santos Fernandes[1]



[1] Aluno do mestrado em Geografia- Planeamento e Gestão do Território na Universidade do Minho, nº PG38493.

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “economia e Política Regional”, do curso de Mestrado em Geografia do ICS, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)

Impacte do ensino superior no desenvolvimento regional: o caso da Universidade de Évora

         As instituições de ensino superior (IES), na atualidade, são indispensáveis para um crescimento coeso e sustentável de uma determinada área ou região. Isto na medida em que os IES contribuem para o desenvolvimento socioeconómico, aprofundando o conhecimento e pesquisa nas diferentes áreas.
         Porém, as IES deparam-se com contestações, na medida em que as atividades estejam ou não próximas das necessidades do mercado. Posto isto, o tema do relatório é o “Impacto do ensino superior para o desenvolvimento regional: Reflexão a partir de seis estudos de casos”, abordando os impactes na dinâmica social, o impacte na atividade económica e os impactes no emprego e na qualificação da população.
O ensino superior, de formação inicial e contínua, assim como a respetiva formação, são, na minha opinião, essenciais para o desenvolvimento socioeconómico de uma região, sobretudo nos dias de hoje, onde a competitividade entre empresas assume caráter global. Sendo assim, existe a necessidade das empresas recrutarem pessoas que apresentam habilitações académicas de graus superior. Segundo Arbo e Bennewort, O potencial de desenvolvimento e crescimento económico de um país, de um território, está estrategicamente ligado ao valor do seu capital social e do conhecimento”.
Com isto, retiramos que as instituições de Ensino Superior apresentam impactes diretos e também indiretos, exemplo disso são as consequências diretas no sistema demográfico, pelo motivo que origina novos residentes, tanto na sua face de formação académica como também numa fase pós-graduação, ou seja, aqueles que arranjam emprego na região após término dos estudos. Consequentemente, esta dinâmica vai apresentar efeitos diretos nos fluxos de consumo como nas caraterísticas do mercado e de emprego.
Os casos que foram alvo de análise demonstram a multidimensionalidade e complexidade que envolve as IES, assim como os seus contextos de influência territorial. Contudo, estes casos não foram tratados de forma igual, com modelos metodológicos diferentes e os graus de aprofundamento de indicadores utilizados, tudo isto porque temos um objeto de estudo refletivo e não comparativo.
A minha escolha foi tratar o caso da Universidade de Évora, sendo justificado pelo facto de Évora ser uma capital de distrito e ser um território que se insere na região interior de Portugal Continental.
Quanto aos resultados recolhidos e representados na obra que nos serviu de referência (Impacto do ensino superior para o desenvolvimento regional: Reflexão a partir de seis estudos de casos”), nota-se que, em 2011, o concelho de Évora abrangia 55921 habitantes, sendo que cerca de 8500 estavam diretamente relacionados com a Universidade de Évora, 7500 eram estudantes e 1000 eram colaboradores, sendo que, destes 7500 estudantes, apenas 30% era do concelho de Évora. Relativamente ao impacte na atividade económica, segundo o artigo, apresentou um valor total de despesas de 58 milhões de Euros, sendo que os gastos dos estudantes corresponderam a 3,6% do PIB, em 2001, do Alentejo Central e de 1,2% do Alentejo. Por último, quanto aos impactes no emprego e na qualificação da população, a Universidade de Évora empregou 2200 pessoas indiretamente.
Concluindo, está mais que assente o conceito que as IES são inteiramente relacionadas com o conceito de desenvolvimento coeso e sustentável das regiões, criando capital humano, permitindo o desenvolvimento socioeconómico e aprofundando conhecimentos, sendo que a evolução e desenvolvimento do mercado global associado a uma grande competitividade vai requer pessoas com elevadas habilitações literárias. A aposta e o desenvolvimento, tanto no conhecimento como nas instituições de ensino superior, irá destacar aqueles que apresentam mais capital humano e, consequente, capacidade para um desenvolvimento socioeconómico sustentável.
Quanto ao caso de estudo da Universidade de Évora, o impacte na região foi notado tanto pela positiva como pela negativa. Por um lado, o estabelecimento de ensino apresentou uma despesa total de 58 milhões de Euros. Por outro lado, empregou indiretamente 2200 pessoas e atraiu população jovem para a região cerca de 7500.

Nuno J. A. Costa

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “economia e Política Regional”, do curso de Mestrado em Geografia do ICS, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)

Criação de recursos para o território com o uso da tecnologia

        Atualmente, discute-se muito sobre o uso da tecnologia a favor do Património Cultural. Há questionamentos e dúvidas sobre o uso de recursos digitais pelos museus, especialmente no que diz respeito ao uso excessivo, fazendo que a tecnologia sobreponha-se às obras ou que transforme-se em uma “feira tecnológica” (ROQUE, 2018). Porém, os museus não querem tornar-se obsoletos e sentem cada vez mais a necessidade de utilizar as ferramentas digitais para ampliar a experiência de fruição com a obra-de-arte e, também, de aumentar o acesso à informação. Além disso, as gerações mais novas também identificam-se com as novas tecnologias e são atraídas pelos recursos e interatividade que elas oferecem.
        Os museus adaptam-se aos poucos e procuram, progressivamente, criar novidades para oferecer experiências diferenciadas para públicos cada vez mais exigentes e heterogêneos. Mesmo que alguns possam questionar o caminho adotado em alguns equipamentos culturais, o caso bem-sucedido que exemplifico a seguir foi mais além e aplicou a tecnologia para criar um recurso para o território que antes não existia. Foi o que presenciei no sudoeste da França, ao pé do vilarejo de Les Baux-de-Provence.
        A vila e seu castelo medieval, parcialmente em ruínas, já faziam parte do roteiro turístico da região e, em 1998, recebeu a classificação de "Les Plus Beaux Villages de France”. Apesar de todas as belezas e do importante património cultural do local, o que levou-me até lá foi a expectativa de vivenciar uma experiência de imersão artística dentro de uma pedreira de calcário desativada que se localiza ao pé da aldeia. 
        Em 1959, a pedreira foi utilizada pela primeira vez de forma artística, quando o artista Jean Cocteau decidiu explorar o local como locação para filmar a longa metragem “O testamento de Orfeu”. Mas foi só em 1976 que o sítio ganhou nova vida e foi transformado pelo visionário jornalista Albert Plécy. Ele teve a grande ideia de projetar imagens nas imensas paredes de calcário com até 14 metros de altura. Nomeada como Cathedrale d´Images, a antiga pedreira passou a oferecer uma experiência visual completa. O ineditismo desta experiência atraiu cada vez mais visitantes e o sucesso do empreendimento suscitou o interesse de empresas para explorar o potencial económico do local.
        Após uma disputa judicial polêmica, em 2012, a produtora CultureSpaces passou a gerir o espaço com equipamentos de última geração. Atualmente, é possível apreciar imagens em movimento de obras de arte em altíssima resolução com uso de projetores de vídeo a laser, que cobrem todas as superfícies da pedreira, inclusive os corpos dos visitantes. A projeção ainda é acompanhada de uma trilha sonora-reproduzida por um sistema de áudio em motion design. O programa do Carrières de Lumières oferece uma exposição diferente por ano, com obras de grandes artistas como Gustav Klimt, Van Gogh, Picasso, Arcimboldo, entre outros.
       Segundo a produtora, "239.000 pessoas visitaram o Carrières de Lumières em 2012, e este número já subiu para 600.000 visitantes anuais, que são atraídos para esta forma de imersão na arte.” 
        Este exemplo ilustra como foi possível utilizar a tecnologia para potencializar e criar nova função para um sítio através de uma ideia que soube aproveitar a atmosfera do local para criar uma experiência única no mundo e desta maneira contribuir para o processo de desenvolvimento da região.

Juliana Vidigal




Referência Bibliográficas
https://www.carrieres-lumieres.com/en Acesso em 12 de março de 2019
https://www.culturespaces.com/en/node/1291 Acesso em 12 de março de 2019
Roque, Maria Isabel, "Museu: real ou virtual?," in a.muse.arte , 2018/12/15, https://amusearte.hypotheses.org/3297. Acesso em 10 de março de 2019
Lagarto, J. R. (2018). Tecnologias (digitais) e património cultural. In F. Ilharco, P. Hanenberg & M. S. Lopes, Património cultural e transformação digital (pp. 82-101). Lisboa: Universidade Católica Portuguesa – CECC.

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, do curso de Mestrado em Património Cultural do ICS, a funcionar no 2ºsemestre do ano letivo de 2018/2019)