sexta-feira, abril 19, 2019

A evolução e o impacte do Altice Forum de Braga

Conhecido anteriormente como Parque de Exposições de Braga (PEB), passou a ser gerido, em 2014, pela empresa municipal InvestBraga, orientada por Carlos Oliveira, ex-secretário de Estado da Inovação, e Miguel Cadilhe, ex-ministro das Finanças. Esta entidade tem por objetivo ajudar as empresas a acomodar-se na região, de forma a manter e aumentar o emprego e a criação de um polo para as startup. Em 2018, o PEB foi alvo de uma reestruturação total, reaparecendo como “Forum de Braga”, após um investimento de 9,5 milhões de euros por parte da autarquia.
         Foi então inaugurado a 27 de abril de 2018, passando a ser composto por um centro de congressos com o maior auditório da região Norte, de 1,454 lugares, e um pavilhão com capacidade para acolher mais de 13 mil pessoas, em pé, tornando-se assim na segunda maior sala de espetáculos de Portugal, atrás do Altice Arena, em Lisboa. E foi então, pouco tempo após a sua ignoração, que a Altice de Portugal viu que este era um espaço que merecia a sua atenção, investindo 1 milhão de euros para deter o “naming rights” e ser o novo parceiro tecnológico do então novo e maior espaço de eventos, concertos, exposições e espetáculos do norte do país.
         Para expormos de forma mais nítida este sucesso desde a reestruturação, importa ter presente que, após 5 meses, este já tinha aberto as portas a 100 mil visitantes e albergado 40 eventos, destacando-se o concerto da famosa banda americana Thirty Seconds to Mars. Não está no pensamento abrandar, já que estão confirmados outros grandes nomes, como Bryan Adams e o festival muito conhecido e adorado pelos os estudantes da Universidade do Minho, o “Enterro da Gata”, que também se irá realizar neste espaço, este ano. Mas para além de trazer diversão para o centro da cidade, o Altice Forum de Braga consegue trazer também outros eventos mais diversos, como, por exemplo, a “AGROS”, que é a maior feira internacional de agricultura, pecuária e alimentação do Norte e da Galiza, que promete trazer um programa diversificado e atrair ao Altice Forum Braga entre 35 a 45 mil visitantes.
         Na minha experiência pessoal, sem dúvida que, nesta nova face mostrada por este espaço, este tem tido um maior impacte na região e trazido um maior número pessoas não só ao Altice Forum de Braga mas, consequentemente, também ao maravilhoso centro da cidade. Fico extremamente contente que, finalmente, exista um espaço capaz de competir com os dois anteriores grandes polos, Porto e Lisboa, e atrair eventos e diversões que virão enriquecer as pessoas de Braga, que já mereciam algo assim. Embora ainda sem números oficiais de impacte económico da infraestrutura em Braga, Carlos Oliveira afirma que os dados empíricos apontam para “um efeito considerável” na hotelaria e restauração, pois é algo quase incontornável que aconteça quando, por exemplo, a cidade recebe só numa noite 10 mil visitantes, muitos dos quais provenientes da Galiza, para assistir ao concerto dos Thirty Seconds to Mars.
         Este novo espaço, com as novas alianças, tem sido uma tentativa de colocar Braga no radar dos grandes eventos nacionais e internacionais, e não tem sido nada menos que um sucesso até agora.

Fábio Silva

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia do Turismo”, de opção, lecionada a alunos de vários cursos de mestrado da EEG, a funcionar no 2º semestre do ano letivo 2018/2019)

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