quinta-feira, abril 18, 2019

O festival internacional de jardins de Ponte de Lima como impacte turístico na Vila

Ponte de Lima, apesar de ter como título “Vila Mais Antiga de Portugal” e de ter como lema “Terra Rica em Humanidade”, é uma das vilas portuguesas que se encontra um pouco apagada pelas outras vilas e cidades que a rodeiam, ou então são apenas olhadas com maior interesse as festividades que são mais conhecidas e que têm uma maior dimensão. São essas as Feiras Novas e a Feira Quinzenal.
No entanto, como maneira para poder mostrar a sua luz própria, Ponte de Lima também inclui nos seus vários programas culturais várias temáticas, como a gastronomia, a agricultura, a pecuária e a jardinagem, durante as várias épocas do ano, o que cada vez mais cria uma maior dinâmica para a Ponte de Lima e, desta maneira, esta evolui a nível turístico e económico.
O programa a que vou dar mais relevo neste trabalho é, no entanto, realizado acerca de 14 anos: é o Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima. Este festival é realizado todos os anos numa das margens do Rio Lima, mais precisamente na freguesia de Arcozelo, durante os meses de Maio, Junho Julho, Agosto, Setembro e Outubro.
Este evento tornou-se um espaço de grande interesse para os locais assim como para outras pessoas que tenham como interesse a jardinagem e a natureza como elemento paisagístico, porque tem como conceito a união de vários grupos nacionais e internacionais que tenham como interesse o trabalho da criação de um jardim, como um tema – que é renovado todos os anos – e que depois é aberto ao público.
Estes jardins acabam por ser espaços muito interessantes a nível estético. As muitas variedades de plantas são trabalhadas de acordo com o tema e o design que cada equipa idealiza para o seu espaço, e são feitas as relações de vários elementos artísticos, juntamente com as ditas plantas, de forma a criar um espaço interativo e confortável para os visitantes.
As visitas aos Jardins acabam por ser um momento muito agradável, principalmente pelo facto de tais visitas serem principalmente concretizadas durante os meses de mais calor, o que permite uma interação com os elementos frescos dos jardins, que pode ser a água, as próprias plantas, as sombras e até as fontes que se encontram espalhadas no circuito do espaço dos jardins.
Apesar da vertente relacionada com o lazer, estas visitas são sempre feitas com um olhar mais avaliativo porque este festival é também um concurso de jardins, isto significa que os visitantes irão, entre os vários espaços/jardins, escolher qual o que acharam o mais interessante no seu ponto de vista, e aquele que for selecionado poderá continuar em exposição na próxima edição do festival.
O Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima é um evento que traz vários visitantes às margens do Rio Lima. Para além dos alunos das escolas ao redor de Ponte de Lima, estes jardins são também do interesse de vários entusiastas pela flora e de como esta foi adaptada nos jardins. É uma atração também para os que gostam de espaços verdes e calmos. Como são espaços confortáveis e frescos, são também muito frequentados pelos idosos de várias instituições de Ponte de Lima, por forma a que estes possam ter um dia diferente.
Resumindo, este espaço acaba por ter um interesse para vários tipos de visitantes, independentemente da sua profissão e dos seus gostos, até porque um espaço verde e fresco é sempre confortável nos dias de calor abafado.
Este evento é também um que sensibiliza para o cuidado tidos com os espaços verdes da vila de Ponte de Lima, de maneira a manter a harmonia urbana com a natureza que a envolve, o que também causa um impacte positivo a nível ambiental.
Pessoalmente, penso que o Festival de Jardins de Ponte de Lima é um evento que está bem organizado, tem uma temática agradável e ao mesmo tempo é sensibilizador. No entanto, a sua divulgação acaba por se restringir à agenda cultural, sítio oficial, e ao sítio oficial da Câmara Municipal de Ponte de Lima, o que não permite que este evento seja mais divulgado, para além das possíveis patilhas de fotografias retiradas dos vários espaços ou então através do tradicional “passar a palavra”. Portanto, um dos aspetos a melhorar seria a sua divulgação de maneira a que este evento possa continuar a crescer e a ter ainda mais públicos.

Carla Filipa Monteiro Lima

(Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Património Cultural e Políticas de Desenvolvimento Regional”, do curso de Mestrado em Património Cultural do ICS, a funcionar no 2ºsemestre do ano letivo de 2018/2019)

Sem comentários: